Fome e saques se intensificam na ditadura venezuelana

Dezenas de pessoas foram presas em protestos e saques pela falta de alimentos em Tucupita, capital de uma região de selva do leste da Venezuela, segundo autoridades locais e uma deputada opositora.

Os distúrbios aconteceram na quinta-feira, o que segundo a deputada Larissa Gonzalez levou as autoridades a militarizar esta cidade de 86.000 habitantes, localizada a 700 quilômetros de Caracas.

A governadora do estado de Delta Amacuro, Lizeta Hernandez, chamou os protestos de “vandalismo disfarçado de fome” e denunciou as “tentativas de saques”. Em uma entrevista, Gonzáles denunciou por sua vez que o governo quer “esconder a verdade de um povo que está passando fome”.

Pelo menos 146 pessoas foram presas durante os confrontos, segundo a deputada. Nas últimas semanas, aumentaram o número de protestos em cidades de todo o país pela escassez de alimentos e medicamentos, que chega a 80% de acordo com a empresa Datanalisis.

Em meados de junho, um protesto em Cumana (400 km a leste de Caracas) terminou em saques, duas mortes e a prisão de mais de 400 pessoas. O presidente Nicolas Maduro acusa a oposição, que promove um referendo revogatório contra ele, de liderar os protestos e de tentar derrubá-lo.

A queda dos preços do petróleo agravou a crise no país que, além da escassez, sofre com a maior inflação do mundo: 180,9% em 2015.

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