Amazonas desativou, entre julho e outubro, 85% dos leitos de UTI criados para Covid-19

Segundo dados de um levantamento feito pelo Instituto Votorantim com base em informações da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, cerca de 85% dos leitos de UTI do SUS foram desativados.

Os números foram divulgados em primeira mão nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.

As unidades tinham sido criadas entre fevereiro e julho de 2020 por causa do surto da Covid-19 no país.

O que o governo do estado Amazonas não imaginava é que os números voltaram a crescer após o fechamento dos centros de atendimento. Atualmente, conforme vem registrando o Conexão Política, a capital de Manaus vive recorde de hospitalizações. Até o último dia 12 de janeiro, 58 pessoas estavam à espera de leitos de UTI.

Os 85% correspondem a cerca de 117 leitos de terapia intensiva públicos dos 137 criados a partir de fevereiro.

Diante de um cenário agravante, médicos afirmam que estão tendo que optar por que os pacientes receberão os devidos atendimentos enquanto são obrigados a assistirem outros morrerem por asfixia.

Até o momento, a previsão é que cerca de 700 pessoas sejam transferidas para outros estados.

O governo federal vem realizando uma megaoperação para salvar vidas no Amazonas. Desde o dia 8 de janeiro aviões KC-390 Millennium e C-130 (Hércules) da FAB estão decolando com no estado com cilindros de oxigênio e todos materiais necessários para erguer a base que vai dar suporte ao estado no enfrentamento da doença.

Até domingo (17) será montado um grande hospital de campanha em Manaus.

O governo federal tem acompanhado de perto a crise sanitária e suprido as necessidades em questão. Com auxílio das Forças Armadas, mais de 350 cilindros já chegaram ao local.

Segundo o Ministério da Saúde, em cerca de 10 dias, serão transportadas mais de 50 toneladas de equipamentos hospitalares.

Pazuello já determinou que o comitê de crise do Ministério da Saúde deve se reunir duas vezes por dia para troca de informações e tomada de decisões contra os desafios impostos pelo coronavírus ao sistema de saúde amazonense.

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