De acordo com a mídia, o anúncio foi realizado pelo conselheiro e membro da mais alta instituição religiosa da Arábia Saudita, Abdullah Al-Mutlaq. A proibição, que visa evitar despesas desnecessárias, também é válida para festas de aniversários infantis.
“As pessoas não têm muito dinheiro para gastar neste tipo de coisa”, disse o religioso, ressaltando que essas “coisas não trazem nenhum benefício e o Islamismo não as promove, o que pode levar as famílias à pobreza”.
A fatwa, espécie de decreto religioso, gerou diversos comentários nas redes sociais. Algumas pessoas criticaram duramente as autoridades da Arábia Saudita. A medida pareceu, para muitos como exagerada e desnecessária. No entanto, a emissão de fatwas semelhantes a essas é comum em países islâmicos.
O islamismo é uma religião regida pelo Alcorão, livro sagrado que contém textos revelados ao profeta Maomé, e que tem Alá como Deus. A proibição saudita às festas de aniversário segue a interpretação rígida do Islã seguida pela conservadora seita Wahhabi e implementada no país. Todas as festas cristãs, e até mesmo algumas muçulmanas, são proibidas pois são consideradas costumes estrangeiros não sancionados pelos sauditas.
Apenas as festas muçulmanas de Eid al-Fitr, que marcam o final do Ramadã, e Eid al-Adha, que conclui a peregrinação anual à Meca, são permitidas no país.