Argentinos vão às ruas em defesa da vida, após Câmara aprovar PL que legaliza o aborto até a 14ª semana de gravidez

Defensores da vida foram às ruas de Buenos Aires na sexta-feira (18), após a Câmara dos Deputados argentina aprovar um projeto de lei para legalizar o aborto até a 14ª semana de gravidez.

O PL ainda irá para o Senado, uma câmara tradicionalmente mais conservadora. Se aprovado, o aborto será possível até a 14ª semana, se a gravidez for resultado de estupro ou se colocar em perigo a pessoa que carrega o feto. Além disso, segundo o novo PL, menores de 16 anos poderão buscar “assistência jurídica” para realizar o aborto em casos de “conflito de interesses”.

Na esperança de ganhar mais votos, os parlamentares que apoiam o projeto de lei fizeram alterações de última hora no texto que permitiriam que clínicas privadas, nas quais todos os profissionais médicos que se opusessem ao “direito” ao aborto, se abstivessem de fornecer o procedimento. No entanto, essas clínicas seriam obrigadas a encaminhar as mulheres para outro serviço que realizasse o aborto.

A aprovação do projeto de lei foi amplamente celebrada pela esquerda argentina. As cenas mostradas pela ABC News, em 12 de dezembro, mostram os tempos sombrios em que vivemos.

“Aplausos explodiram nas ruas de Buenos Aires, Argentina, depois que a Câmara Baixa do país votou para aprovar um projeto de lei que legaliza o aborto – uma medida que, agora, passará pelo Senado”, escreveu a ABC News.

Po outro lado, a aprovação do PL foi recebida com uma forte reação de centenas de manifestantes pró-vida, vestidos com camisetas azuis claras, que a apenas algumas centenas de metros dos manifestantes pró-aborto lotaram as ruas em favor da vida.

A proposta de lei – que agora segue para o Senado do país – foi aprovada por 131-117 votos. Seis deputados se abstiveram de votar.

A Argentina, que tem algumas das leis mais rígidas contra o aborto, considerou a legalização da prática no passado. De fato, em 2018, depois que a Câmara aprovou um projeto de lei para legalizar o aborto eletivo, o Senado rejeitou a medida.

Na época, alguns médicos argentinos se uniram aos manifestantes pró-vida. Eles carregavam cartazes dizendo: “Eu sou um médico, não um assassino”.

Em 2018, líderes da Igreja Católica realizaram uma manifestação, “Missa pela Vida”, na noite anterior à votação do Senado. O cardeal Mario Poli, arcebispo de Buenos Aires, disse então: “Não se trata de crenças religiosas, mas de uma razão humanitária”.

“Cuidar da vida é o primeiro direito humano e dever do Estado”, acrescentou o arcebispo.

O Papa Francisco neste ano denunciou o aborto comparando a prática ao programa de eugenia da era nazista, e pediu às famílias “que aceitem os filhos que Deus lhes dá”.

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