Bolsonaro vai receber embaixadores árabes para discutir agronegócio

O presidente da República, Jair Bolsonaro, começará a receber, individualmente, embaixadores de países árabes para conversas.

A decisão do presidente tem como objetivo minimizar, dentro da comunidade árabe e dos demais países de maioria muçulmana, o impacto negativo das posições recentes do governo em relação a Israel.

Dessa forma, o governo quer evitar perdas para o setor do agronegócio, que tem nos países árabes um grande destino exportador.

Na manhã deste sábado, dia 13, o presidente recebeu, no Palácio Alvorada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para alinhar esta e outras pautas da agropecuária.

— Agora ele vai receber alguns embaixadores, a gente vai começar a marcar. Mas está tudo alinhado —disse a ministra.

A visita não constava da agenda oficial do presidente ou da ministra, que foi recebida no escritório da residência oficial.

— Vim conversar com ele uma série de coisas sobre nossa agricultura e trazer uma cesta de produtos que eu ganhei para dar a ele.

Na noite da última quarta-feira, Bolsonaro participou de um jantar com embaixadores de 37 países de maioria muçulmana, incluindo os árabes. Também participaram do jantar o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a ministra Tereza Cristina.

O jantar foi organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Ministério da Agricultura, e foram convidados embaixadores de 40 países. O objetivo foi fortalecer parcerias comerciais entre o agronegócio brasileiro e os países islâmicos.

O jantar aconteceu dez dias após Bolsonaro anunciar, durante visita a Israel, a abertura de um escritório comercial na cidade de Jerusalém.A decisão deixou os países árabes incomodados com o Brasil.

— Se tinha algum incômodo, agora está tudo alinhado com o discurso dele lá no jantar. Foi muito positivo. O Brasil é um país de todos — destacou a ministra logo após deixar o Alvorada.

A ministra contou que o presidente acordou bem disposto e humorado. Ela disse que foi uma visita de rotina e que temas mais “complicados”, como a determinação para a Petrobras não reajustar o diesel, não entraram na pauta. Bolsonaro vestia uma camisa verde e amarela e mostrava-se despojado.

— Ele está disposto. Está ótimo, bem humorado.

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