O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, publicou, na manhã deste domingo, 21, em sua conta oficial no Twitter uma manifestação contrária aos atos feito pelo cantor Roger Waters durante seus shows no Brasil. O artista se posicionou contra o candidato Jair Bolsonaro fazendo uso da hashtag Elenão.
No post, Leitão disse que a campanha foi disfarçada de show e que por muito menos, Bolsonaro foi acusado de caixa dois. “Roger Waters recebeu cerca de R$ 90 milhões para fazer campanha eleitoral disfarçada de show ao longo do 2º turno. Na Folha, chamou Bolsonaro de “insano” e “corrupto”. Sem provas, claro. Disse aos fãs que não voltará ao Brasil caso ele ganhe. Isso sim é caixa 2 e campanha ilegal!”.
O post repercurtiu na rede social e houve diversos questionamentos nos comentários sobre a posição do ministro. Em resposta a pergunta sobre como ele sabia o valor recebido pelo artista, Leitão disse apenas que a informação vinha de fonte segura. “US$ 3 milhões por show. Apenas de cachê. Sem contar a participação nas receitas.”, escreveu.O ministro defendeu ainda que o candidato Jair Bolsonaro foi acusado por muito menos e sem provas. “Roger Waters recebeu milhões de uma empresa brasileira e está fazendo campanha eleitoral a favor de um candidato, em oito shows e em entrevistas, procurando interferir no processo das eleições. Por muito menos (e sem provas), Bolsonaro foi acusado de caixa 2 e campanha ilegal.”.
Em entrevista ao Estadão publicada no dia 18 de outubro, Sérgio Sá Leitão demonstrou incômodo por manifestações políticas em shows. “Confesso que, pensando como público, como fã, eu estou de saco cheio. A gente não consegue mais ir a um show ou ver um filme sem que haja algum tipo de manifestação política.”, disse.
O ministro afirmou ainda acreditar que mesmo sem falar do assunto durante campanha, Bolsonaro, se eleito, dará importância à pasta. “Outro que se interessa pelo assunto é o filho Flávio Bolsonaro, com o qual falei algumas vezes”.
Leitão aproveitou a entrevista para criticar a gestão petista sobre o Ministério da Cultura. Ele afirma que, apesar do partido ter tido méritos, parte de seu trabalho hoje é reparar danos causados ao setor durante tempo em que a legenda esteve no governo. “Eu gasto metade do meu tempo e da minha equipe resolvendo problemas herdados das gestões do PT. Não é possível aceitarmos que tenham sido acumuladas 25 mil prestações de contas sem análise no caso da Lei Rouanet, por exemplo”, disse.