Como Brasil tem ajudado Rússia a organizar Copa do Mundo 2018?

Faltam apenas alguns meses até a maior festa de futebol para toda a torcida internacional, ou seja, a Copa do Mundo 2018 que desta vez decorrerá na Rússia. Neste campo, Moscou não se afastou da tradição e fez questão de trocar experiência com o anterior anfitrião do evento, o Brasil.

Claro que a questão prioritária que sempre se aborda durante as conversações está relacionada com a segurança. Por exemplo, no início do passado mês de dezembro, o presidente do Brasil, Michel Temer, se reuniu com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, para discutir questões ligadas ao combate ao terrorismo internacional, inclusive na área do esporte, e à promoção do mundo multilateral no âmbito das diferentes organizações de países emergentes, como os BRICS.

Assim, os dois países já tiveram várias oportunidades para efetuar um intercâmbio de práticas e experiências: tanto no campo olímpico, dado que a Rússia sediou os Jogos de Inverno de 2014 e o Brasil — os de Verão de 2016, quanto no campo da FIFA.

A Sputnik Brasil conseguiu obter um breve comentário exclusivo do presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo 2018, Aleksei Sorokin, nos bastidores do Fórum Gaidar anual na cidade de Moscou.

“Nós participamos de modo muito ativo, na qualidade de observadores e adquiridores de experiência, da Copa do Mundo [de 2014]. Claro que conservamos muitos contatos. Hoje em dia, estes contatos continuam sendo preservados em diferentes direções funcionais. Claro que eu conheço muito bem meu homólogo [brasileiro], o presidente do Comitê Organizador [da Copa de 2014], Ricardo Trade”, partilhou o alto responsável oficial.

Entretanto, Sorokin sublinhou que a cooperação bilateral esteve, por excelência, em pleno funcionamento nas primeiras etapas dos preparativos, enquanto hoje em dia a equipe do comitê organizador se foca mais em questões internas.

“Mas hoje em dia já estamos em uma fase na qual já é tarde demais para trocar experiência, já estamos envolvidos em tarefas práticas, só restam vários meses, por isso agora todas as consultas e intercâmbios de experiência terminaram, está chegando o momento de aplicar [os conhecimentos acumulados]”, explicou.

Ademais, ele revelou que houve intercâmbio em áreas muito diversas.

“Enviávamos numerosas delegações, em vários áreas, no âmbito de transportes, segurança, comunicações, protocolo, ou seja, cooperamos absolutamente em todas as esferas, não nos limitamos a uma só”, resumiu Sorokin.

DEIXE UM COMENTÁRIO