No dia 17 deste mês, foi publicado um artigo científico na revista Nature, apresentando algumas teorias para explicar a origem do atual coronavírus, causador da COVID-19.
No artigo, os pesquisadores australianos, americanos e britânicos descartam a possibilidade de que o vírus tenha sido criado em laboratório. Eles apresentam as hipóteses de que o vírus tenha sido transmitido de um animal, provavelmente um morcego ou um pangolim, para seres humanos e, em alguma parte do processo, passado por seleção natural.
A seleção natural pode ser resumida da seguinte forma: o ser vivo mais apto sobrevive e se multiplica, passando as suas características para seus descendentes. Ao longo do tempo, isso acaba por gerar uma nova espécie.
Se fala de morcegos e pangolins pois estes animais eram vendidos em um mercado de Wuhan, China, onde ocorreram os primeiros casos. Além disso, como citam os pesquisadores, os morcegos hospedam diferentes tipos de coronavírus.
Outra hipótese do artigo é de que o vírus SARS-CoV tenha sofrido uma mutação natural e escapado de algum laboratório onde era estudado. Isso porque diversos laboratórios no mundo o estudam e há casos documentados nos quais ele escapou. O SARS-CoV causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), também surgiu na China e causou uma pandemia de 2002 a 2004. Já a atual doença, COVID-19, é causada pelo SARS-CoV-2, muito semelhante ao seu “antecessor”.