Deputado Waldir Maranhão que anulou processo de impeachment é investigado na Lava Jato

O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (5) após o afastamento do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que nesta segunda-feira (9) anula a votação do processo de de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, tem seu nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato.

O nome de Maranhão, está nos inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Na época, o ministro Teori Zavascki autorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos.

Segundo o depoimento do doleiro Alberto Youssef na delação premiada, Maranhão fazia parte de um grupo de menor expressão do PP que recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da “cota” da legenda no esquema de corrupção da Petrobras. Se os ministros do Supremo entenderem que há provas suficientes contra Maranhão, ele pode virar réu.

Waldir Maranhão foi eleito vice-presidente da Câmara em fevereiro de 2015, com o apoio de Cunha.

Ele está no terceiro mandato de deputado federal. O primeiro foi entre 2007 e 2011, quando o político ainda era filiado ao PSB. Já pelo PP, ele se elegeu novamente nas eleições de 2010 e de 2014.

Como aliado de Cunha, Maranhão decidiu limitar a investigação no Conselho de Ética sobre o então presidente da Casa.

Com isso, o peemedebista não poderá ser investigado sobre as acusações de que teria recebido propina, conforme relato de delatores da operação Lava Jato.

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