Em vídeo, Henry disse a Monique: ‘Mamãe, atrapalho? Vem pra casa’

A cabeleireira que prestou atendimento a Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, na sexta-feira de Carnaval, em um shopping do Rio de Janeiro, afirmou, em depoimento à polícia na última quarta-feira (14), que a cliente realizou uma chamada de vídeo com a criança.

O testemunho foi detalhado pelo jornalismo da RecordTV, veiculado também no portal R7.

Sem ter o nome identificado por questões de segurança, a funcionária do estabelecimento cosmético disse que presenciou alguns relatos do garoto para mãe, incluindo um pedido para que ela retornasse para casa.

Quando Monique recebeu a ligação, segundo a testemunha, era possível ouvir ouvir um som marcado por choro que, classificado por ela como ‘um choro manhoso’, como se o garoto tivesse pedindo ajuda. Em seguida, o garoto perguntou a mãe se ela poderia falar naquele exato momento.

“Mãe, eu te atrapalho?”, teria questionado Henry.

Em resposta, Monique teria fito que não, que ele não atrapalhava.

Na sequência, de acordo com a cabelereira, o menino fez o seguinte pedido: “Mamãe, vem pra casa”.

A reação de Monique, então, foi questionar se havia acontecido alguma coisa. Henry, por sua vez, teria dito que “o tio bateu” ou “o tio brigou”, segundo a funcionária.

Nas imagens da chamada de vídeo, ainda de acordo com o relato, era possível visualizar o menino andando até o corredor e mancando, apresentando algumas dificuldades para se locomover. Nesse momento, era a babá que segurava o aparelho para mostrar a mãe o que tinha acontecido.

A partir disso, Monique teria questionado a ela sobre o que tinha acontecido. A cuidadora, em resposta, teria dito que não sabia ao certo, “porque a porta estava trancada”.

Diante do relato da criança, Monique teria se distanciado um pouco por 5 a 10 minutos, antes de iniciar um outro procedimento estético. Ela aparentava estar ‘um pouco agitada’, segundo a cabelereira.

O relato da profissional de beleza chama atenção porque a data coincide com uma suposta tortura do Dr. Jairinho dentro do quarto do apartamento do casal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Jairinho na ligação

Dentro do salão de beleza, ainda submetida aos tratamentos estéticos, Monique entrou em ligação com o Dr. Jairinho, segundo a testemunho. No relato, ela já teria iniciado a conversa dizendo: “Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada”.

A partir desse momento, a funcionaria relatou aos policiais que percebeu que se tratava da mesma pessoa mencionada anteriormente pelo Henry. Ainda no relato, a cabelereira disse que Monique prosseguiu na ligação.

“Você não vai mandar ela [a babá] embora, porque se ela for embora, eu vou embora junto, porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma, quem me contou foi ele”, teria dito.

Em resposta, ela teria recebido uma resposta do companheiro, que teria deixado Monique fora de si, segundo relatos da testemunha:

“Quebra, pode quebrar tudo mesmo, você já está acostumado a fazer isso”. A cabeleireira relata que, nesse momento, a mãe de Henry “estava exaltada e gritava ao telefone, razão pela qual todos os presentes conseguiriam ouvir sua conversa”.

No último dia 8 deste mês, conforme registrou o Conexão Política, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), do Rio de Janeiro, e a professora Monique Medeiros em investigação pela morte do menino Henry Borel, ocorrida no dia 8 de março.

De acordo com os investigadores, o pedido de prisão aconteceu pelo casal atrapalhar investigações e ameaçar testemunhas.

A polícia investiga o crime de homicídio duplamente qualificado — por motivo torpe e sem chances de defesa à vítima.

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