O ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho afirmou, em seu acordo de colaboração premiada, que pagou 1,35 milhão de reais ao deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara. Conforme o delator, o dinheiro foi repassado a Maia como recurso não contabilizado, caixa dois, na campanha eleitoral de 2014, e saiu do departamento de propinas da Odebrecht, o Setor de Operações Estruturadas. O petista aparece nas planilhas da empreiteira identificado pelo apelido “gremista”.

Nota de posicionamento enviada pela defesa do deputado Marco Maia (PT-RS):

“Em relação à abertura de inquérito determinada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do deputado Marco Maia (PT-RS), representada pelo criminalista Daniel Gerber, informa que as ações criminais cabíveis contra estes delatores serão adotadas, na medida em que imputam a terceiros atos inexistentes como forma de obterem benefícios que não merecem junto ao Poder Judiciário”.

Fora do STF
Dezenas de outros inquéritos foram enviados por Fachin a outros tribunais porque os envolvidos não têm direito a foro no Supremo Tribunal Federal, como os governadores de estado, que têm de ser julgados pelo Superior Tribunal de Justiça.

Nesta lista estão, entre outros, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Na lista também está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que precisam ser julgados na primeira instância, ou seja, pela Justiça Federal de São Paulo.

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