A ONG Greenpeace, mundialmente reconhecida por suas campanhas de conscientização ambiental e defesa de ecossistemas, foi condenada pela Justiça norte-americana a pagar mais de 660 milhões de dólares a uma operadora de oleoduto.
“Greenpeace é condenado a pagar mais de US$ 660 milhões a operadora de oleoduto nos EUA”
A decisão está relacionada a uma ação judicial em que a empresa alega ter sofrido prejuízos financeiros e danos à reputação em decorrência das campanhas e protestos promovidos pelo Greenpeace contra a construção e o funcionamento de um oleoduto nos Estados Unidos.
Essa decisão se teve em função das ações coordenadas pela ONG que teriam extrapolado o direito de manifestação e gerado um clima de hostilidade. Com isso, trouxe consequências negativas para os negócios e para a imagem da operadora perante investidores e parceiros comerciais. De acordo com a denúncia, o Greenpeace teria divulgado informações falsas ou distorcidas para mobilizar a opinião pública.
“as ações coordenadas pela ONG teriam extrapolado o direito de manifestação e gerado um clima de hostilidade que trouxe consequências negativas para os negócios”
A condenação gerou forte reação de apoiadores e de outras organizações ambientais, que temem que a sentença estabeleça um precedente perigoso na relação entre movimentos sociais e grandes corporações.
Para eles, a decisão judicial pode desencorajar protestos legítimos que dependem de doações e não dispõem de grandes recursos financeiros. O receio é de que processos semelhantes se multipliquem, dificultando a atuação de grupos que buscam fiscalizar potenciais danos ambientais e denunciar práticas consideradas lesivas ao meio ambiente.
Em sua defesa, o Greenpeace nega ter agido de forma ilegal ou mal-intencionada. Ele argumenta que seu trabalho consiste em alertar a sociedade sobre riscos e irregularidades de projetos que possam afetar ecossistemas locais e a saúde de populações. A ONG defende que a liberdade de expressão e o direito de protesto são essenciais em democracias modernas. Além de afirmar que irá recorrer da sentença, buscando reverter a condenação nos tribunais superiores.
“Em sua defesa, o Greenpeace nega ter agido de forma ilegal ou mal-intencionada, argumentando que seu trabalho consiste em alertar a sociedade sobre riscos e irregularidades de projetos que possam afetar ecossistemas locais e a saúde de populações.”
A controvérsia em torno do caso levanta debates acalorados sobre a fronteira entre liberdade de expressão, ativismo ambiental e possíveis abusos que podem ocorrer quando grandes organizações se confrontam nos tribunais.
Enquanto a operadora de oleoduto considera a indenização justa, dado o que interpreta como “campanhas difamatórias e prejuízos comprovados”, os críticos da decisão temem que ela abra margem para a criminalização de protestos pacíficos, inviabilizando o trabalho de entidades que buscam defender o interesse público.
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SAC – Perguntas Frequentes
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O que motivou a condenação do Greenpeace?
A operadora de oleoduto acusa a ONG de promover protestos e campanhas que teriam causado prejuízos financeiros e danos à reputação da empresa. -
Qual o valor da indenização?
A Justiça dos EUA determinou que o Greenpeace pague mais de US$ 660 milhões à operadora. -
Por que a decisão é controversa?
Críticos apontam risco de enfraquecimento da liberdade de expressão, temendo que ONGs fiquem receosas de protestar contra grandes projetos. -
O que diz o Greenpeace sobre as acusações?
A ONG nega ter agido de forma ilegal e afirma que suas campanhas visam alertar sobre riscos ambientais. Pretende recorrer da sentença.