Guru de Lula, Leonardo Boff diz que “Bolsonaro tem as características do Anticristo”

O teólogo esquerdista e expulso da Igreja Católica Leonardo Boff, uma espécie de mentor intelectual de Lula, disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem as características do Anticristo. “O país é governado por alguém que tem as características do Anticristo, um espírito inimigo da vida, inimigo de tudo que é bom”, afirmou.

O ex-frei, ligado ao PT, disse que “não é mais possível tolerar que em um país como um nosso, que tem uma população tão sofrida, se coloquem ainda mais cruzes sobre ela”.

Leonardo Boff ainda comentou sobre a situação Bolsonaro com as populações indígenas, sua política antipovo e que prejudica as comunidades mais carentes, especialmente durante a pandemia do novo coronavírus. “Está nascendo uma nova consciência na humanidade, que diz que o mundo e o Brasil, assim como estão, não podem continuar, porque é perverso demais”, acrescentou.

“Temos de nos indignar, não aceitar o que está aí, mas mais do que tudo temos que ter a coragem de resistir, de ir à rua. Não acreditar nas fake News, criar grupos de reflexão de articulação, sermos solidários para com todas aquelas famílias que perderam seus entres queridos, apoiar os médicos, enfermeiros que sacrificam suas vidas”, continuou o teólogo.

“Ter a coragem de alimentar essa dimensão de luz em nós e a coragem de ir à rua para destituir esse homem, porque esse é a maior pedra que caiu sobre a população brasileira. Temos que transformá-la na base de um novo tipo de Brasil, generoso, cordial, hospitaleiro e que celebra a beleza e a grandeza da vida”, disse ainda Boff.

Polêmica com Vaticano

Leonardo Boff publicou um livro “Igreja, Carisma e Poder” em 1982 que foi proibido pelo Vaticano desde 1984. A publicação do livro gerou uma polêmica com o Vaticano que culminou, em 1985, com a imposição de um período de “silêncio obsequioso” ao teólogo. Boff foi desligado do sacerdócio e da Ordem dos Franciscanos pela igreja Católica.

Como todo e adepto ao marxismo e defensor ferrenho do socialismo, no livro Boff acusa a Igreja de ter instaurado a “ditadura do clero”. No livro, Boff afirma que a estrutura de poder na Igreja reproduz o mesmo sistema de dominação implantado em sociedades opressoras.

Para Boff, a alternativa a isto seria uma inversão da hierarquia na Igreja: o poder passaria a ser concentrado nas comunidades de base. Os padres e bispos passariam a ser representantes destas comunidades.

Um dos principais formuladores da Teologia da Libertação (corrente que une elementos marxistas à tradição católica para propor modificações na Igreja e na sociedade), Boff sofreu várias punições do Vaticano. Em 1992, ele anunciou que estava solicitando ao Vaticano sua “redução ao estado leigo’, ou seja, seu desligamento do sacerdócio.

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