Desesperada porque não sabe o que está por vir, a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou uma petição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso urgente às provas produzidas nas ações realizadas pela força-tarefa responsável pela investigação das contas da chapa Dilma-Temer. A diligência ocorreu na última terça-feira (27/12), nas gráficas usadas durante a última campanha de Dilma, em 2014.
Os advogados da ex-presidente apoiadora de ditaduras, Arnaldo Versiani, Flavio Caetano e Renato Moura Franco, tentando fingir indignação, dizem estar perplexos pela operação ter sido autorizadas durante o recesso do Poder Judiciário.
A defesa de Dilma, reforçando o mimimi, insiste que a decisão do ministro relator da ação, Herman Benjamin, que determinou a audiência dos envolvidos diante do juiz auxiliar, Bruno Lorencini, supostamente sem que todos os envolvidos no processo estivessem presentes, foi injusta.
“Causa perplexidade que tal decisão permita que sejam colhidos depoimentos pelo juiz auxiliar, em sede do Poder Judiciário, sem o indispensável acompanhamento pelos advogados das partes, violando o princípio da ampla defesa e do contraditório”, comunicaram em nota os advogados da petista.
Questionado sobre este tema, o presidente Michel Temer disse que a operação da PF não o preocupa. “Isso é natural. Não há nenhuma irregularidade nisso. A investigação segue adiante com depoimentos, perícias, fatos como esse que visam instruir processo que está no Tribunal Superior. Nenhuma preocupação.”