Jack Ma, fundador da Alibaba, ressurge após 3 mês sem ser visto

O fundador do grupo Alibaba, Jack Ma, de 56 anos, fez sua primeira aparição pública desde outubro.

Nesta quarta-feira (20) ele participou de uma reunião por videoconferência com um grupo de professores.

O sumiço repentino de Ma gerou muitas especulações sobre o seu real paradeiro. Apesar do reaparecimento, ainda não se sabe as causas reais que fizeram o magnata desaparecer.

Especula-se que Jack Ma tenha sido detido, ou que estava escondido em meio a uma repressão regulatória do Partido Comunista da China.

Ma tem uma fortuna estimada em US$ 52,9 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg, e aparece na lista como a 25ª pessoa mais rica do mundo.

O sumiço e a perseguição do Partido Comunista Chinês

A Alibaba Group, conjunto de empresas de propriedade privada, com sede em Hangzhou, China, cujos negócios são baseados em e-commerce, segue sendo alvo de investigações do governo comunista da China.

A gigante asiática é acusada de “práticas suspeitas de monopólio”. Nos últimos dias, conforme vem noticiando o Conexão Política, alguns empresários chineses estão sendo caso de polícia por diversos motivos. Diante de tudo isso, mais um fato ganhou grandes proporções, que foi o sumiço do fundador da Alibaba, Jack Ma.

O empresário não era visto em público desde um fórum em Xangai no final de outubro, quando teceu críticas contra o sistema regulatório chinês em discurso.

A declaração do empresário gerou uma indignação entre as autoridades do governo. Jack disse que “a China não tem um problema de risco financeiro sistêmico”.

“As finanças chinesas basicamente não carregam riscos; em vez disso, o risco vem da falta de um sistema. A boa inovação não tem medo de regulamentação, mas tem medo de regulamentação desatualizada”, disse no evento em outubro.

“Não devemos usar a maneira de administrar uma estação de trem para regular um aeroporto”, acrescentou o empresário.

Jack Ma não tem sido o único empresário chinês a tecer críticas ao sistema do país. Grandes nomes do mercado chinês estão se levantando contra as atrocidades cometidas pelo Partido Comunista Chinês.

Após a declaração do fundador da Alibaba, em possível gesto de represália, a Administração Estatal de Regulamentação do Mercado anunciou a investigação contra o grupo, gerando uma imediata queda nas ações da empresa, que chegou a 8%, durante sessão na Bolsa de Valores de Hong Kong.

Dados recentes da Bloomberg Billionaires Index apontam que a fortuna de Ma foi reduzida em quase 11 bilhões de dólares desde o fim de outubro, somando agora 50,9 bilhões.

As autoridades ainda não detalharam sobre o que reprovam no Alibaba, exceto um “acordo de exclusividade”.

“A mensagem política subliminar é que nenhuma empresa ou indivíduo tem o direito de desafiar o Partido Comunista, independente de seu tamanho”, disse Richard McGregor, do Instituto Lowy, em Sydney.

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