O ditador comunista da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste sábado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abra as fronteiras do seu país para receber as centenas de imigrantes venezuelanos que atravessaram esta semana essa região para buscar um melhor futuro nos EUA.
“Eu vejo com dor o que está acontecendo na América Central. Milhares, dizem que já são mais de oito mil homens e mulheres centro-americanos que começaram uma grande caminhada para os Estados Unidos levando sua dor, sua miséria, sua pobreza, sua necessidade”, disse Maduro em um ato político realizado no sábado (20), em Caracas.
Em discurso transmitido de forma obrigatória por todas as emissoras de rádio e de televisão, o ditador venezuelano afirmou que o “capitalismo vendedor neocolonial” é o responsável por esta crise migratória.
“A dependência dos governantes centro-americanos ao poder imperial gringo, eles são os responsáveis que afundaram a América Central na miséria, na demora, na necessidade, no despotismo durante séculos de ditadura, intervenções militares, governos corruptos, bandidos”, prosseguiu Maduro.
Desde sábado passado, milhares de venezuelanos caminham pela América Central rumo aos EUA, onde esperam conseguir trabalho e escapar da violência, fome e miséria que vivem nos seus lugares de origem. Maduro transmitiu “toda a solidariedade e o amor do povo bolivariano da Venezuela, toda a companhia a estas pessoas” e pediu a Trump recebê-los de braços abertos nos EUA.
“Faço um apelo ao presidente Donald Trump para que abra as fronteiras dos Estados Unidos e respeite os migrantes centro-americanos […], que abra as portas e em vez de estar gastando bilhões em mísseis, em bombas para a guerra, invista esse dinheiro em fazer solidariedade cristã, em dar apoio aos povos centro-americanos”, finalizou Maduro. / EFE