Marcelo Vasconcelo – Caixa 2: Cadê as provas, Folha de S. Paulo?

Neste momento, uma enxurrada de mensagens está inundando as redes sociais acusando o candidato Bolsonaro de envolvimento em caixa 2. Isso aconteceu logo após o jornal Folha de São Paulo divulgar uma matéria afirmando que empresas estariam comprando pacotes de mensagens contra o PT. O jornal disse ainda que os contratos chegariam a cifra de 12 milhões e que prática violaria a lei eleitoral, por ser doação não declarada.

Outro jornal, El País, em matéria de hoje (19/out), também afirma que empresas teriam comprado pacotes massivos de mensagens, irregularmente, contrários ao PT. Disse ainda que o jornal chegou a entrar em alguns grupos de apoiadores de Bolsonaro, constatando que havia números estrangeiros de vários países. Esses números, supostamente, ajudariam a burlar sistema de segurança do aplicativo.

Sobre esse assunto afirma a matéria do El País : “ Com os códigos de outros países eles escapam dos filtros de spam e de limitações impostas ao WhatsApp no Brasil, como a limitação no número de participantes e na quantidade de repasse automático.”

O interessante, meus caros, é que este mesmo jornal não mostrou o mesmo interesse em participar de grupos que atuam em favor do candidato do PT. Por que será? Bem, talvez seja porque se fizesse isso, comprovaria aquilo que não tem interesse em mostrar. Assim, fica difícil ver quem é mais petista dos dois.

Registro, nesta oportunidade, outra matéria do jornal The New York Times, de hoje,  a qual, também, faz referência ao caso. Na matéria, afirma-se que os 120 milhões de usuários do WhatsApp, no Brasil, foram inundados de mensagens sobre política. Que massivas mensagens marcaram os eleitores do candidato Jair Bolsonaro, sendo adjetivado como de extrema-direita. O candidato do PT, por outro lado, é descrito apenas como de esquerda, com aquela velha sutileza de camarada.

Ao me adiantar na leitura, entretanto, duvidei do que haviam escrito como exemplo de fake news em prol do candidato Bolsonaro. Diz a matéria em texto traduzido:

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“Uma mensagem popular do WhatsApp mostrava o nome de um candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do número 17. Quando os brasileiros votam, eles digitam um número para um candidato ou partido numa urna eletrônica.

Mas as informações na foto estavam erradas. O número 17 foi para o partido de Bolsonaro. O Sr. da Silva não estava mais na corrida. Seu companheiro de chapa, Fernando Haddad, tomou o seu lugar. O principal tribunal eleitoral do Brasil decidiu em 31 de agosto que Lula, que está cumprindo uma sentença de 12 anos por corrupção, não pode concorrer a um terceiro mandato.”

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Duas coisas me chamaram à atenção nesse texto, a primeira é o fato de um jornalista de um veículo de comunicação de tão maiúscula grandeza (levando em conta seu grau de conhecimento mundial) não teve a sensibilidade de perceber o grau de humor do brasileiro. Isso é evidente ao relatar um meme em que alguém colocou a foto de Lula (que até a própria matéria reconhece que não era candidato à presidência) ao lado do número do Bolsonaro.

Meu Deus! Pensei eu, eles escreveram isso mesmo? É claro que ri, cheguei a duvidar da tradução, aliás, é a única coisa que ainda me faz não ri tanto. Mas, a segunda coisa que também me faz sentir cócegas foi a velha sutilidade para se referir ao Lula. Usaram Sr. da Silva para se referir ao encarcerado oráculo político da esquerda. Também tive que dar um desconto levando em conta o modo como os norte-americanos se referem às pessoas.

De toda sorte, o conjunto da obra ficou risível. Citar um meme claramente humorístico para dizer que se tratava de um fake news é grosseiro. De fato, há inúmeras informações que poderiam exemplificar esse assunto, mas, escolher uma manifestação humorística foi muito infeliz por parte dos autores do artigo, desculpem-me a franqueza.

Mas, no mérito de todas essas matérias, analisemos: De início, o jornal Folha de S. Paulo divulgou a tal matéria fazendo muitas alegações, no entanto, não demonstrou nenhuma prova do que alegava. Não passa de ilações de uma jornalista, suspeita de ser partidarista, e perseguidora do Bolsonaro. A matéria afirma que empresas compraram pacotes de mensagens massivas contra o PT, daí, deixa no ar a dedução de que se é contra o Partido dos Trabalhadores só pode ser caixa 2, por não ser declarado junto ao TSE.

É de uma irresponsabilidade monstruosa fazer tal abordagem, a essas alturas do segundo turno, sem apresentar aos leitores, e aos eleitores de ambos os lados, qualquer prova de suas alegações. Não há uma gravação que ligue Bolsonaro a esse fato, não há um bilhete, uma mensagem sequer, nada. Apenas induções de sofismas, afirmações tendenciosas e sem qualquer lastro probatório.

Para que se configure um caso de caixa 2 (recebimento de dinheiro sem prestação de conta à justiça) seria necessário que o beneficiário, no caso Bolsonaro, soubesse desse fato ou até tivesse envolvimento com ele. Não foi o caso. O site Uol divulgou uma matéria em que Bolsonaro afirma, categoricamente:

“Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência. Pode ser gente até ligada à esquerda que diz que está comigo para tentar complicar a minha vida me denunciando por abuso de poder econômico”.

(Disse Bolsonaro ao site Antagonista)

Dito isso, não há como afirmar que se trate de caixa 2 uma vez que ele não teve conhecimento da existência desses fatos. O que ocorre é que a cada semana que se aproxima do xeque mate (segundo turno) a esquerda caviar enlouquece por ver que perderá as eleições do dia 28. Já fizeram de tudo, até tentaram assassinar seu oponente com uma facada. Tentam de tudo pra ver se derrubam o único candidato capaz de quebrar a hegemonia de esquerda.

Até o dia 28 de outubro não haverá qualquer julgamento sobre isso, não há como essa jagada atrapalhar a vitória do povo brasileiro compromissado com um país melhor. Caixa 2 de verdade, só a do Haddad.

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