Marcelo Vasconcelo – Progressistas são como bactérias no organismo social saudável

Há uns dias atrás, vi uma postagem que mostrava nossa educação representada por adolescentes numa sala de aula com as bundas pra cima em ritmo de funk, nosso herói sendo o Neymar, lgbts quebrando imagens católicas e zombando de Cristo como liberdade expressão, e a cultura sendo representada por cantoras em clipes quase nuas.

Dentre todas as representações, algumas são explicadas pelo gosto popular, outras pelo contínuo processo de corrosão cultural que vivemos ao longo de algumas décadas. A postagem pode até parecer mais uma zoeira de redes sociais, mas, no fundo, reflete o abismo que passamos em todas as instâncias da sociedade. Desde a década de 60 do século passado, os grandes influenciadores  da política, da mídia, da música principalmente, começaram uma verdadeira campanha de desconstrutivismo social.

A tomada do poder pelos militares fez com que os chamados progressistas/esquerdistas recalculassem sua rota de colisão com o status quo, uma vez que por meio de um enfretamento armado não seria algo viável. Nesta mesma época, nos EUA, surgia uma onda de rebeldia e afrontamento à ordem social e seus costumes. Esse movimento ficou sendo chamado de Hippie. A rebeldia foi deflagrada como uma bomba no coração norte-americano, pessoas viviam um estilo de vida desregrada e sem qualquer pudor moral. Martin Lee, escritor norte-americano, descreve no documentário Os Hippies e sua História,  o que ocorria no meio deles:

“havia um tipo de experimento da orgia, que ia além das drogas e do sexo, era um experimento sobre o estilo de vida”.

Este estilo de vida dos hippies norte-americanos influenciou sobremaneira a nossa cultura, pois muitas pessoas, notadamente de esquerda assumidos, foram exilados para os EUA e tiveram contato com aquele movimento. Mas, de onde veio a ideia de criar uma verdadeira revolução comportamental? Quem estava insatisfeito com a moralidade e a ordem vigente? É preciso ressaltar que naquela mesma década, pensadores marxistas desenvolviam seus planos de engenharia social através da escola de Frankfurt.

Foi um choque para a sociedade norte-americana se deparar com tanta depravação moral diante dos seus olhos. Mas, infelizmente, não foram só os norte-americanos que tiveram sua cultura devastada por aquele movimento. As influências da chamada geração baby boom, pós-guerra, foram sentidas aqui no Brasil a partir da  década de 70 do século passado.

Por aqui, surgia o movimento de rebeldia, não no mesmo nível que nos EUA, é verdade, mas não menos nocivo. A música brasileira falava de liberdades, quando o intuito era promover libertinagem. A liberdade ovacionada naquele contexto era uma referência ao fim do período militar, mas, não somente. O movimento chamado Tropicalismo encabeçado por Caetano Veloso e Gilberto Gil trazia uma nova perspectiva comportamental, mesmo por que, eles foram perseguidos pelo regime militar, período que lhes causou grandes desalentos.

O tropicalismo era um forte difusor de tendência, a rebeldia, mesmo que de forma mais velada, era tema do idealismo que pregavam. Por volta de 1974, Raul Seixas lança a música que falava de uma sociedade alternativa, criticava o modelo de vida regrado e discreto de pessoas comuns. Num show, Raul proclama que todos podem ser o que quiserem e fazer o que quiserem, ao cantar “Sociedade Alternativa”. Em dado momento, ele exclama “ Não existe Deus, senão o homem!”. Isso mostra a que ponto de influência o movimento hippie norte-americano chegou. Mesma época do lançamento da música “Metamorfose ambulante”, na qual Raul critica as pessoas que têm um pensamento formado sobre tudo. Em outras palavras, a mensagem é de rebelar-se contra tudo que dizem que é certo ou errado.

Nesta mesma época, o biquíni é usado cada vez mais nas praias de Copacabana, choque para muitos e curiosidade para mais ainda. O comportamento das pessoas estava sendo direcionado através da música e do modo de se vestir. O linguajar com gírias e a quebra do padrão linguístico estava fortemente avançado. O Rock era o carro chefe na disseminação da rebeldia e da vida desregrada.

Na literatura, podemos notar uma abordagem totalmente distinta da que era usada por escritores da época, nas obras de Jorge Amado. Nota-se, por exemplo, na obra Dona Flor e Seus Dois Maridos a promiscuidade da produção literária do autor. Isso não seria lá de se assustar, caso a obra não tivesse sido escrita em 1966. O país vivia uma época de intensa moralidade, os valores sociais e familiares eram muito mais valorados naquele ano. Quando Jorge Amado publica algo nesse sentido, ele apenas segue uma tendência mundial de rebeldia do status quo moral e religioso.

Outras obras dele como Tereza Batista Cansada da Guerra, Gabriela, Capitães da Areia e outras tantas tiveram, sempre, um apelo forte à promiscuidade e comportamentos desvairados. Caso alguém ache que isso era só o estilo artístico dele, precisa saber que Jorge Amado era comunista, aliás, amigo de Carlos Marighella, um dos mais influentes e combatentes do comunismo da época.

Toda essa exposição tem o fito de demonstrar o porquê a nossa cultura se encontra no estado deplorável que está. As influências vêm de longe, desde o sentido geográfico ao temporal. Durante décadas o Marxismo Cultural corroeu nossa sociedade como uma colônia de bactérias vorazes e insaciáveis. Isso vem ocorrendo desde a década de 60 do século passado. O que vemos hoje é só o reflexo destrutivo nos valores, na família, na religião, na moralidade pública, na educação e na cultura.

É preciso conhecer as pautas dessa gente que se diz progressista, pois o que pregam é exatamente, a continuação daquilo que, outrora, fora planejado e executado por pensadores marxistas. O objetivo é abalar a sociedade, destruir suas bases de sustentação para, só então, apresentar-se como um governo heroico e preocupado com o bem de todos. Assim, poderão, mais uma vez, aplicar seu controle social a todos e todas.

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