Medidas de bloqueio cada vez mais draconianas, crise econômica e amplos poderes da polícia levam milhares de europeus às ruas

Como base em declarações de uma suposta “segunda onda” do vírus chinês na Europa, muitos governos abraçaram com entusiasmo seu lado totalitário e concederam a si próprios novos “poderes de emergência” junto a novas medidas de bloqueio cada vez mais draconianas.

O público tem sido notadamente menos cooperativo desta vez, rebelando-se contra as limitações arbitrárias que até o momento não são apoiadas nem pela ciência nem pelo bom senso. Os protestos ocorrem em todo o continente.

Alemanha
Milhares de pessoas se reuniram em Berlim nos últimos dias, protestando contra a aprovação de uma nova lei de bloqueio pelo governo de Merkel. A polícia usou canhões de água contra as multidões e quase 200 pessoas foram presas.

A mídia marrom relatou “centenas” de manifestantes, mas as imagens mostram claramente dezenas de milhares nas ruas de Berlim.

“’Obrigada pela foto Majd Abboud, não centenas, não mil, mas dezenas de milhares protestaram hoje em Berlim e é apenas o começo de algo grande …’ Sonja Van Ende”, escreveu Vanessa Beeley, em 19 de novembro.

Protestos anti-lockdown em Berlim.

Espanha
Depois que o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, declarou estado de emergência no sexto mês no final de outubro, houve dias de protestos em todo o país.

Barcelona, ​​que já é um foco de sentimentos antigovernamentais devido à repressão brutal do referendo da independência catalã, viu confrontos violentos entre a tropa de choque e os manifestantes.


França
A nova “lei de segurança abrangente” de Emmanuel Macron, conhecida pelos manifestantes como a “lei da mordaça”, militariza ainda mais a polícia francesa, ao mesmo tempo que torna crime capturar ou distribuir a imagem de um policial. Mas, encontrou uma resistência fervorosa na forma de manifestações em cidades em todo o país.

“Manifestantes em toda a França foram às ruas depois que uma lei chamada ‘Global Security Bill’ [Lei de Segurança Global] foi aprovada, que proibe tirar fotos de policiais que poderiam ser usadas para expor a identidade de um policial”, escreveu a conta ProtestsMedia, no Twitter, em 19 de novembro.

O governo de Macron tem um histórico de ataques às liberdades civis e, em resposta às suas “reformas”, o país tem visto protestos em larga escala dos ‘Gilets Jaunes’ (Coletes amarelos) por mais de um ano.

Mulher segura um cartaz em protesto anti-lockdown com os dizeres “Queremos a missa”, em Versalhes, 15 de novembro. Martin Bureau / AFP / Getty Images.

Itália
Os protestos contra o lockdown na Itália atingiram seu auge no final de outubro e foram provavelmente os mais extensos no continente. As marchas ocorreram em dezenas de cidades em todo o país, incluindo Roma, Nápoles, Gênova e Bolonha, segundo a BBC.

“BOLONHA, ITÁLIA: A consciência da população de um país contra seus políticos fala por meio desta mulher que diz que sua vida foi destruída por bloqueios e não tem nada para comer ou alimentar seu filho de 3 anos”, escreveu Robin Monotti Graziadei, em 29 de outubro, no Twitter.

A grande mídia procurou minar e difamar os protestos. A CNN e a Reuters relataram apenas “centenas” de manifestantes. Mas, há “centenas” de pessoas nesta foto abaixo em Nápoles?

Protesto anti-lockdown em Nápoles.

O site ‘Politico’ foi mais longe e culpou a máfia italiana pelos protestos.

Eslováquia
Bratislava foi o centro de uma grande marcha de manifestantes em 17 de novembro, marcando o feriado nacional conhecido como ‘Dia de Luta pela Liberdade’. Essas marchas foram ‘ilegais’ de acordo com a lei de emergência eslovaca, planejada para ‘prevenir a disseminação do vírus chinês’.

“BRATISLAVA, ESLOVÁQUIA: Restrições anti-Covid e protestos antigoverno apesar da proibição de reuniões públicas, no aniversário da Revolução de Veludo de 1989 e da manifestação estudantil contra a ocupação nazista de 1939”, escreveu Robin Monotti Graziadei, em 18 de novembro, no Twitter.

Protesto antilockdown em Bratislava, em 17 de novembro.

Dinamarca
O parlamento dinamarquês teve 9 dias de protestos às suas portas, em oposição à proposta de “lei de vacinação”, que permitiria à polícia “coagir fisicamente à vacinação através da detenção”.

“DINAMARCA: 9 dias de protestos por uma nova lei que ‘poderia definir grupos de pessoas que devem ser vacinadas. As pessoas que recusassem o acima exposto poderiam ser coagidas por meio de detenção física, com a polícia autorizada a assistir”, escreveu Robin Monotti Graziadei, em 14 de novembro, no Twitter.

Após nove dias de protestos, foi noticiado nas redes sociais que o governo dinamarquês havia desistido de aprovar a lei. No entanto, nenhuma confirmação oficial ou relatos na mídia foram publicados.

“Dinamarca joga lei epidêmica no lixo. Uma luta de uma semana com potes e panelas e o povo ganha”, escreveu um internauta no Twitter, publicando um vídeo de uma dinamarquesa contando a notícia.

A grande mídia não deu atenção a informar sobre a proposta da ‘lei de vacinação’ e também não cobriu os protestos em Copenhague. E a razão para não cobrir os protestos dinamarqueses é que porque eles parecem funcionar, e a última coisa que o sistema quer é que as pessoas vejam que a a pressão popular nas ruas pode mudar tudo.

Inglaterra
Em Londres, no dia 28 de novembro, está programado uma grande manifestação anti-lockdown. Os protestos também acontecerão em outras cidades do Reino Unido.

Protesto contra medidas draconianas de covid e pela liberdade, em Londres, em 24 de outubro.

DEIXE UM COMENTÁRIO