Mesmo depois de avançar mais de 10% em outubro, o Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, iniciou o mês de novembro em alta, tendo batido seu recorde histórico, em meio ao otimismo com os primeiros passos do presidente eleito Jair Bolsonaro e ao cenário favorável no exterior.
Nesta quinta-feira (1°), o Ibovespa fechou com alta de 1,14% nos 88.419 pontos. O recorde anterior de fechamento, de 26 de fevereiro, era de 87.652 pontos – agora, o índice acumula ganho de 15,7% desde o início do ano. No pregão, o indicador chegou a atingir os 89.017 pontos, mas perdeu fôlego no fim.
Já o dólar terminou a R$ 3,694, um recuo de 0,76%, depois de cair 7,79% em outubro, sua maior queda percentual desde junho de 2016.
Agradou ao mercado a divulgação de balanços corporativos no Brasil e no exterior.
As ações do Bradesco, por exemplo, fecharam em alta de 5,71%, após ter registrado aumento de 13,7% no lucro líquido recorrente do terceiro trimestre na comparação anual.
O humor foi impactado principalmente pelo anúncio de que Sérgio Moro, juiz federal responsável pelos processos da Operação Lava Jato, aceitou o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça.
“Bolsonaro ganha pontos muito positivos com a população, que tem em Moro um exemplo. (…)Isso pode ser um ponto a elevar ainda mais a confiança pós-vitória, com consequência nos indicadores econômicos de fim de ano”, escreveu a gestora Infinity.
O empenho do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, em controlar gastos com a reforma da Previdência também ajudou a animar o mercado.