Pesquisadores israelenses descobrem ‘novos’ aminoácidos que podem aumentar a eficácia do tratamento contra o câncer

Pesquisadores israelenses encontraram aminoácidos, até então desconhecidos, em tumores que poderiam ser usados ​​no futuro para aumentar a eficácia dos tratamentos contra o câncer.

Cadeias curtas de aminoácidos, conhecidas como peptídeos, são essenciais para o sucesso da imunoterapia, pois atuam ativando as células T que combatem o câncer.

Mas muitos pacientes não têm o suficiente desses peptídeos derivados de genes mutantes do câncer para tornar a imunoterapia bem-sucedida.

A falta de peptídeos é vista como uma das razões pelas quais muitas pessoas não respondem aos inibidores dos pontos de controle imunológico, que são reguladores do sistema imunológico que impedem o câncer de suprimir a resposta imunológica e ativar os peptídeos.

“Nós identificamos uma nova categoria de peptídeos, uma espécie não derivada do RNA do câncer, que foi simplesmente esquecida até agora”, disse a professora Yardena Samuels, cientista-chefe do estudo.

“Também vimos in vitro que eles podem ativar células T, que por sua vez podem ser reativas contra o câncer”, disse ela.

Prof. Yardena Samuels, cientista-chefe do estudo do Instituto de Ciência Weizmann. Foto: Reprodução.

A pesquisa de Samuels foi publicada quarta-feira (16) na revista científica Nature.

Sua pesquisa até agora se limitou ao melanoma, um câncer de pele mortal, mas ela acredita que o peptídeo também será encontrado em pacientes com outros tipos de câncer.

Samuels e sua equipe no Instituto de Ciência Weizmann chamaram os novos peptídeos de peptídeos diferentes porque eles diferem de todos os outros peptídeos conhecidos. Eles acreditam que a produção do peptídeo é provocada pelo próprio tumor.

“Vimos esses peptídeos nos tumores”, observou Samuels.

Com a nova descoberta, os especialistas em câncer poderiam eventualmente criar novas formas de imunoterapia que não dependessem dos peptídeos necessários ao tratamento atual, utilizando esses “novos” peptídeos.

O uso desses peptídeos para combater o câncer ainda é teórico, mas encontrá-los e perceber que podem ser usados ​​contra o câncer abre novos horizontes à ciência e à medicina.

“Não podemos usar isso como terapia ainda”, enfatizou Samuels. “Mas, ao mostrar que esses peptídeos existem e ativam as células T, isso poderia melhorar a eficácia da imunoterapia no futuro.”

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