Polícia apreende facões e foices em caravana de baderneiros do MST que vinham para Curitiba para depoimento de Lula

O secretário estadual de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, disse a jornalistas nesta terça (9) em Curitiba que armas brancas foram apreendidas em um ônibus de militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) que seguiam rumo à capital paranaense para apoiar o molusco Luiz Inácio Lula da Silva, cujo depoimento ao juiz Sergio Moro está marcado para quarta (10).

Segundo Mesquita, foram apreendidos facões, foices e enxadas. De acordo com o secretário, não houve prisões porque o porte deste tipo de artefato não é crime, mas o material foi levado pela polícia por ser “não condizente com uma manifestação democrática e sim para uma manifestação com indícios de vandalismo”.

Em nota, a Frente Brasil Popular afirma que os objetos apreendidos eram apenas uma faca e uma enxada. “Apenas um utensílio de cozinha e outro de acampamento foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no interior dos ônibus das caravanas que se dirigiam à Curitiba.

É muito diferente do que propagandeou a Secretaria Estadual de Segurança do Paraná. Isso porque apenas uma enxada e uma faca de cozinha fazem parte dos itens encontrados na revista realizada a cerca de 20 ônibus, na entrada da capital.

São itens necessários às cozinhas instaladas para alimentação. Reafirmamos novamente o caráter pacífico e organizado da vinda de movimentos sociais a Curitiba – tanto que as caravanas se dispuseram integralmente à revista, que atrasou em cerca de duas horas as atividades na capital”.

Mesquita informou que houve pedido à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para a entrada de 36 ônibus no Paraná, sendo 22 oriundos de São Paulo.

De acordo com o secretário, 20 ônibus já chegaram a Curitiba. No total, 1.350 militantes devem vir nestes coletivos.

Até amanhã, Mesquita disse que as autoridades esperam a chegada de cerca de 100 ônibus.

“Nós não abriremos mão de qualquer prerrogativa de fazer fiscalização”, seja qual for a orientação política do grupo, afirmou o secretário.

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