EBC: Dentre os vinte senadores que votaram nesta sexta-feira (6) na comissão especial de impeachment no Senado, quatro são alvos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Desses, dois votaram contra a admissibilidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff – são eles Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Os outros dois – Fernando Bezerra (PSB-PE) e Gladson de Lima Cameli (PP-AC) estão no grupo dos 15 que votaram favoravelmente à continuidade do processo de impeachment, aprovado nesta manhã.
Todos os quatro senadores, além da Lava-Jato, respondem a outros questionamentos judiciais. Entre os dados considerados, levantados em plataforma da ONG Transparência Brasil, estão desde processos, até pendências eleitorais e em tribunais de contas.
Metade do total de parlamentares que votaram na comissão do Senado possuem pendências judiciais. O campeão em ações é o senador Dário Elias Berger (PMDB-SC), que responde a um total de 27 questionamentos judiciais. Ele votou favoravelmente ao prosseguimento do processo de impeachment.
Em segundo lugar aparece, novamente, Lindbergh Farias, com 16 registros. Zezé Perrella (PTB-MG), Simone Nassar (PMDB- MS), Vanessa Grazziotin e Wellington Fagundes (PR-MT) também possuem algum tipo de registro no currículo judicial.
Dos que respodem a processos, um total de oito votaram favoravelmente ao relatório de Anastasia. Dos cinco que votaram contrariamente ao afastamento da presidenta, apenas dois não responde a qualquer processo. Trata-se de José Pimentel (PT-CE) e de Telmário Mota (PDT-RR).