Parece trama de House Of Cards, mas é apenas o dia-a-dia de Brasília.
No Senado Federal está sendo planejado um acordo para que se altere a Constituição Federal e seja garantido foro privilegiado a ex-presidentes da República. Os beneficiados diretos seriam Lula, Dilma, Collor, Sarney e Michel Temer. Todos eles são alvos de investigações.
Sabendo que em uma eventual eleição indireta o voto dos 81 senadores teria um peso maior do que o dos 513 deputados, já começam articulações para que o eleito ajude na convocação de uma Constituinte.
O nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara de Deputados, aparece como possível substituto para o Planalto, com Eunício de Oliveira (PMDB-CE), atual presidente do Senado, como vice. O único problema é que os senadores consideram que Maia logo seria entregue em uma futura delação premiada.
Para os Senadores, o nome indicado deve ser o de alguém com coragem para enfrentar a opinião pública e conseguir frear o Juiz Sérgio Moro e os procuradores. Os dois considerados aptos para essa missão são Nelson Jobim e Gilmar Mendes, e Eunício continuaria como vice em ambos cenários.
Outra parte do acordo seria garantir a Michel Temer um indulto – imunidade penal a ser dada pelo futuro presidente – para evitar que seu caso chegue até o juiz Sérgio Moro. A PEC também livraria Lula de Moro, sendo esse o maior interesse dos petistas no Senado.
Também faz parte do acordo que seja aprovada uma reforma mínima da Previdência, para amenizar os ânimos dos mercados e setor produtivo, e através da Constituinte seriam instituídas eleições e mandatos para procuradores e promotores, como acontece nos Estados Unidos.