Socialista: Jean Wyllys diz que quem ganha R$ 27 mil por mês não é rico

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) soltou mais um comentário que foi alvo de críticas dentro do movimento liberal. Desta vez, ele disse que pessoas que ganham R$ 27 mil por mês não podem ser consideradas ricas.

Tudo aconteceu porque o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma liminar, que havia sido solicitada pelo PSOL, confrontando uma medida provisória do governo que adiava o reajuste dos servidores públicos.

Sob críticas, especialmente do colunista da Folha de São Paulo, Leandro Narloch, levantando o argumento de que a maioria entre os 10 % mais ricos da população está no serviço público e, portanto, o PSOL seria o “partido dos ricos”, Wyllys respondeu em artigo, alegando que um salário de R$ 27 mil mensais “pode parecer uma fortuna para a imensa maioria do povo brasileiro, mas não representa a verdadeira riqueza”.

O diretor de comunicação do Students for Liberty Brasil, Ivanildo dos Santos Terceiro,  foi uma das figuras do ecossistema pró-liberdade a se levantar contra a declaração do parlamentar.

Ele afirmou que Wyllys “escreveu do alto do seu salário de cinco dígitos”, mesmo ganhando “mais que 95 % da população”, e que o PSOL apenas resgata “os seus valores históricos” ao “embarcar de vez na defesa dos privilégios das pessoas mais ricas do país”. Disse ainda ironicamente que o PSOL “não pode deixar a chama da defesa de privilégios para o funcionalismo morrer”.

Outro que se indignou foi o diretor do Instituto Mercado Popular, Pedro Menezes, bem como o seu pesquisador-chefe Carlos Góes. O primeiro escreveu que “se o rico de verdade não é o servidor que ganha 27 mil”, então sanear as contas públicas e redistribuir renda “cobrando apenas dos ricos” não é possível, sendo “mais fácil combater a desigualdade” quando “o próprio Jean reconhecer que é privilegiado”.

Já Góes, em análise detalhada da polêmica, concluiu que “não adianta tentar negar a realidade e achar que os mais ricos brasileiros não são ricos de verdade” se for sincero o desejo de “apoiar políticas públicas baseadas em evidências empíricas”.

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