‘Sou é a favor da pedofilia’, diz vereador em votação de projeto sobre violência sexual

A fala de um parlamentar durante uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Palmas tem causado polêmica. O grupo estava votando a criação da Semana de Combate à Violência e Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes, mas de repente um dos microfones do plenário vazou a seguinte fala: “eu sou é a favor da pedofilia”.

A fala é do vereador Lúcio Campelo (PR). Durante entrevista à TV Anhanguera ele comentou o que disse na sessão.

“Eu quis antecipar meu voto e fiz a fala errada. Assumo que fiz a fala errada. Quero pedir minhas escusas à sociedade palmense porque isso não é do meu caráter e do meu comportamento […]

De fato, houve uma fala equivocada. Se tiver preço a gente tem que assumir e pagar”, afirmou.

Nenhum dos parlamentares que estavam na reunião se manifestou sobre o que foi dito.

Participavam da sessão os vereadores Diogo Fernandes (PSD), Tiago Andrino (PSB), Major Negreiros (PSB), que estavam na mesa diretora, e Lúcio Campelo (PR). O vereador Rogério Freitas (MDB) também faz parte da comissão, mas não aparece no vídeo.

A Câmara de Vereadores de Palmas disse que é contra qualquer abuso infantil e que abomina tal prática, estando a disposição da sociedade para elaboração de mecanismos que possam proteger a infância.

Apesar da fala do vereador que afirma ser favorável à pedofilia, o projeto que institui a Semana de Combate à Violência e Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes foi aprovado por unanimidade.

Câmara de Palmas

Durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, na tarde da última terça-feira, 20, os vereadores Tiago Andrino (PSB), Major Negreiros (PSB), Lúcio Campelo (PR) e Diogo Fernandes (PSD), presidente da comissão, aprovaram o Projeto de Lei de autoria da vereadora Vanda Monteiro, que institui a Semana de Combate à Violência e ao Abuso Infantil.

O Tema foi bastante discutido entre os membros da Comissão e durante a leitura do projeto pelo relator Diogo, um vereador fez um comentário que foi detectado pelos microfones do plenário e repercutiu na imprensa.

Na manhã desta quinta-feira, 22, o vereador Lúcio Campelo (PR) assumiu a fala e pediu desculpas à sociedade. Ele enfatizou que o seu voto, favorável à matéria, contribuiu para a aprovação do projeto.

A Câmara de Palmas, composta por 19 vereadores, destaca que é contra qualquer abuso infantil e que abomina tal prática, estando a disposição da sociedade para elaboração de mecanismos que possam proteger a infância.

Outra polêmica

Essa não é a primeira polêmica envolvendo os vereadores de Palmas. Em julho deste ano os vereadores aprovaram a mudança do nome de uma creche que se chamava Arco-íris.

O pedido foi feito por um vereador porque o Arco-íris “apesar de ser um símbolo do cristianismo, também é usado para promoção do homossexualismo”.

Na época, o vereador Filipe Martins (PSC) afirmou que pediu a mudança do nome após ser procurado por moradores de uma quadra de Palmas para homenagear Romilda Budke Guarda, que foi pioneira na região norte da cidade.

Ainda segundo ele, o nome fazia referência a uma única bandeira, mas a administração pública não pode privilegiar nenhum grupo em detrimento dos demais.

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