A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, determinou nesta quarta-feira 11 que o inquérito que investiga o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) seja enviado à Justiça Eleitoral do Estado.
A decisão foi tomada após pedido da Procuradoria Geral da República, que num gesto de blindagem do tucano, pediu que o caso não fosse parar nas mãos de Sérgio Moro, conforme pediram os procuradores da operação. Mesmo sendo delatado na Lava Jato, diferente de Lula o caso Alckmin vai para justiça eleitoral.
O inquérito corria no STJ por conta do foro privilegiado de Alckmin quando estava no cargo de governador.
Desde que ele deixou o cargo, na última sexta-feira 6, o tucano perdeu a prerrogativa de foro privilegiado, o que levou a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo pedir ao STJ “urgência” no envio de seu inquérito para a primeira instância.
Alckmin é investigado porque ex-executivos da Odebrecht delataram à Lava Jato que a empreiteira fez repasses de dinheiro para campanhas do tucano ao governo paulista e que os valores não foram declarados oficialmente na prestação de contas eleitorais.
O cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro, recebeu parte desse montante em dinheiro, de acordo com os delatores.