O natal não foi muito feliz para o ex-tesoureiro do PT. Ele deveria ter pensando melhor antes de fazer trabalhos sujos para o partido de extrema-esquerda. A defesa do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira informou na última quinta-feira (22/12), à juíza federal Gabriela Hardt, que substitui o juiz Sérgio Moro em suas férias, que não tem imóveis ou dinheiro para pagar a fiança de R$ 1 milhão estipulada pelo magistrado da Operação Lava Jato.
A prisão de Ferreira foi revogada por Moro, há uma semana, mas o ex-tesoureiro permanece atrás das grades porque não fez o pagamento do valor definido para a fiança. Segundo os advogados do ex-tesoureiro, a defesa fez contato ‘com toda a família do acusado e todos afirmaram que não existe a menor condição econômica ou financeira do recolhimento de qualquer valor a título de fiança’.
Desde que Moro estipulou a fiança de R$ 1 milhão, os advogados entraram com dois pedidos de reconsideração. A defesa alega que Paulo Ferreira está desempregado e com muitas dívidas. Os criminalistas querem que a Justiça alivie a fiança de R$ 1 milhão. A primeira solicitação foi negada por Moro. Na segunda tentativa, por Gabriela Hardt, que mandou o ex-tesoureiro do PT indicar imóvel para o recolhimento. A substitua de Moro exigiu um bem desembaraçado de ônus como caução real. Na mesma ocasião, os defensores de Paulo Ferreira propuseram alternativas para o valor de fiança como impedimento de deixar o País, de mudar de endereço ou viajar sem comunicação prévia.
Ferreira foi interrogado na quarta-feira (14/12), por Moro e confessou que o PT – assim como outros partidos políticos – trabalha com recursos não contabilizados. O ex-tesoureiro ainda reforçou que ‘negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é negar o óbvio’.