A Alemanha parou de financiar a ONG ‘Islamic Relief’ devido a seus laços com a Irmandade Muçulmana, uma organização islâmica sunita listada como terrorista por Bahrein, Egito, Rússia, Síria, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
O Ministério do Interior da Alemanha confirmou que o governo de Angela Merkel tem informações de que a ‘Islamic Relief Worldwide’ e a ‘Islamic Relief Germany’ (IRD) tinham “conexões significativas com a Irmandade Muçulmana ou organizações relacionadas”.
O diretor da IRD, Tarek Abdelalem, disse que a entidade está revisando suas estruturas para eliminar esses “supostos vínculos”.
A Irmandade Muçulmana ou “Fraternidade Muçulmana” é uma organização islâmica radical sunita fundada no Egito, que defende a lei islâmica (sharia) e que atua em cerca de 70 países. Ela pretende “retomar” os ensinamentos do Corão, rejeitando qualquer tipo de influência ocidental.
A Irmandade Muçulmana é considerada a precursora do fundamentalismo islâmico contemporâneo, que, a partir de cisões, deu origem a grupos mais violentos terroristas como o Hamas e a al-Qaeda, e tem o objetivo de unificar os países de população muçulmana e opõe-se às tendências ocidentais de algumas nações islâmicas, assim como rejeita as influências Sufi e o chamado “islamismo moderado”.
O lema da organização é: “Alá é o nosso objetivo, Maomé é o nosso líder, o Corão é a nossa lei, a jihad é o nosso caminho. Morrer no caminho de Alá é nossa maior esperança”.