Bitcoin seria a moeda global do apocalipse? Especialista russo explica

Especialista russo revela quem pode estar por trás do bitcoin e seu verdadeiro papel

Criptomoedas estão dando o que falar em 2017; o preço do bitcoin aumentou mais de 2.000% e muitos falam em verdadeira revolução no mundo financeiro. Entretanto, o economista Valentin Katasonov disse à Sputnik Brasil que o bitcoin está preparando a humanidade para mudanças sem precedentes.

Em 2017, o mercado de criptomoedas bateu numerosos recordes e se tornou um dos temas mais discutidos na mídia. No entanto, para o economista e professor da Universidade de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO) Valentin Katasonov é apenas um passo para a criação da única moeda global.

Ele lembrou o projeto denominado Utility Settlement Coin (USC) que foi lançado há um ano pelas empresas financeiras UBS, BNY Mellon, Deutsche Bank, Santander e NEX. Os bancos multinacionais Barclays, CIBC, Credit Suisse, HSBC, MUFG e State Street se uniram à iniciativa em agosto.

“Em 2018, eles planejam lançar a moeda digital chamada Utility Settlement Coin. Devem ajustar a sua circulação com as instituições correspondentes, incluindo a Reserva Federal [Fed, o banco central norte-americano] e o Banco Central Europeu. Não posso excluir que os bancos nacionais europeus, como Bundesbank [banco central alemão] e Banco Central da Itália também participem disso”, explicou o economista.

“Esses bancos estão certos de que os reguladores financeiros aprovarão o projeto. Para mim, é evidente que ele foi lançado a pedido dos bancos centrais. Os bancos fazem declarações diferentes em relação às criptomoedas: às vezes eles querem proibir o seu uso, às vezes afirmam que as moedas digitais têm potencial e que vão estudá-las. Tais declarações servem de cortina de fumaça para ocultar planos reais – a criação da moeda global única”, disse Katasonov.

De acordo com o especialista, a ideia da moeda global não é nova. Ele lembrou um artigo intitulado “Um mundo, uma moeda” publicado na revista norte-americana The Economist em 1988. No artigo era explicado que, por volta de 2018, o mundo estaria usando uma única moeda, denominada Phoenix.

“Li esse artigo: o seu autor não é indicado, tudo é vago e impreciso. É claro que é um artigo encomendado, levando em consideração que a revista pertence à família Rothschild, foram os Rothschild que o encomendaram”, opinou o professor.

Para Katasonov, apesar de o dólar norte-americano ser considerado por muitos como a divisa global, na realidade não desempenha esse papel por existir outras moedas usadas em pagamentos internacionais (euro, libra esterlina, iene japonês e franco suíço). Quanto à nova moeda global, trata-se da divisa que com o tempo substituirá todas as moedas nacionais e até regionais, como o euro.

“O mesmo algoritmo foi aplicado durante a criação do euro. Nos anos 70, no âmbito da União Monetária Europeia, foi introduzida Unidade de Conta Europeia [ECU, na sigla em inglês], usada nas transações internacionais. Depois entrou em vigor o euro: em 1999 em forma não material [transferências, cheques] e em 2002 em notas e moedas. A abolição das moedas nacionais ocorreu até 2003. Todo o algoritmo levou apenas 25 anos”, disse o economista.

O projeto atual da moeda global é patrocinado pelos maiores bancos centrais, entre eles estão a Reserva Federal dos EUA, Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu, Banco do Japão e o Banco Central da Suíça. Seria uma espécie da Reserva Federal atual, que, por sua vez, é composta por 12 bancos de reserva regionais. Em algum momento os atuais bancos centrais se tornariam apenas divisões regionais do Banco Central Global.

“Quem se beneficiaria? Os donos do dinheiro. Trata-se dos acionistas principais da Reserva Federal. Mas os donos do dinheiro querem se tornar donos de todo o mundo. Por isso eles estão criando a moeda digital global, emitida pelo Banco Central Global”, disse ele.

De acordo com o especialista, “as criptomoedas atuais como o bitcoin ou ethereum é uma preparação psicológica para o mundo sem cédulas no qual todas as pessoas se encontrariam no campo de concentração eletrônico-bancário”.

“No campo de concentração eletrônico-bancário existiria controle muito rigoroso. Agora há um controle rigoroso nas contas bancárias, mas uma parte das transações – transações com cédulas – está fora de controle. Quando forem eliminadas as cédulas, a liberdade desaparecerá”, afirmou Katasonov.

Segundo o economista, o bitcoin é uma chama destinada a preparar as pessoas para o mundo sem cédulas e distrair a sociedade dos eventos importantes que estão fora da atenção da mídia internacional. Para ele, o lendário criador do bitcoin, Satoshi Nakamoto, não existe na realidade e é um projeto, provavelmente, da inteligência norte-americana.

“Os donos do dinheiro são pessoas pacientes. Agem pouco a pouco, testando através dos projetos-piloto seus algoritmos para no futuro realizar seu projeto mais importante”, concluiu o economista.

A tecnologia está mudando a forma como fazemos quase tudo. Ela até mesmo está ousando mudar a moeda que usamos.

A Bíblia indica que, no final dos tempos, o mundo vai usar uma moeda universal. O apóstolo João escreveu que, durante a futura Tribulação de sete anos, o Anticristo:?“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. (…) Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.16-18).

João deve ter perguntado a si mesmo: “Como é que o Anticristo irá exercer controle internacional e manipular quem compra e vende em uma economia enorme?”. Mas o que parecia incompreensível no tempo de João tornou-se uma realidade hoje. Os avanços tecnológicos tornaram o nosso mundo muito menor e mais conectado com o simples clique de uma tecla de computador.

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