O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta segunda-feira (26) o general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a Secretaria de Governo.
Uma das atribuições da pasta é cuidar da relação do Planalto com o Congresso.
Se a Secretaria de Governo mantiver o status de ministério, Santos Cruz será o 14º ministro anunciado por Bolsonaro e o quarto militar a integrar o ministério de Bolsonaro. O presidente eleito, entretanto, tem afirmado que pretende reduzir o número de pastas na Esplanada.
Os generais da reserva Augusto Heleno e Fernando de Azevedo e Silva vão chefiar respectivamente o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e o Ministério da Defesa, e o astronauta Marcos Pontes, tenente-coronel reformado, será responsável pela pasta da Ciência e Tecnologia.
Além deles, o vice-presidente, Hamilton Mourão, é general da reserva do Exército.
Santos Cruz foi secretário Nacional de Segurança Pública entre 2017 e 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB), e comandou duas missões de paz das Nações Unidas, no Haiti (2007-2009) e na República Democrática do Congo (2013-2015). Em junho deste ano, deixou o posto para atuar como consultor da ONU.
O general declarou apoio a Bolsonaro durante a campanha eleitoral, mas não é vinculado a partidos políticos nem tem ligação com a equipe do presidente eleito. Apesar de estar na reserva, ele é considerado uma grande liderança entre militares da ativa e da reserva, segundo as fontes ouvidas pelo UOL.
Santos Cruz assumirá o posto que hoje é ocupado pelo deputado Carlos Marun (MDB-RS), da tropa de choque do presidente Michel Temer. A secretaria foi criada em 2015 pelo governo Dilma Rousseff (PT).
Santos Cruz era cotado para a Segurança Pública
Há cinco dias, vereador do Rio Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito, havia anunciado Santos Cruz em seu perfil no Twitter para o posto de secretário nacional de Segurança Pública, subordinado ao futuro ministro da Justiça, Sergio Moro.
Em entrevista ao UOL em Brasília, em fevereiro, Santos Cruz, então secretário nacional de Segurança Pública, defendeu a criação de um ministério da Segurança Pública para dar mais status ao setor. “Como ministério ou como secretaria, a segurança pública tem que funcionar.
O mais importante é o funcionamento. O mais importante não é a troca de nome ou a troca de status, o mais importante é o funcionamento”, afirmou na época.