Agora é oficial. O horário de verão está extinto. O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta quinta-feira (25), o decreto que revoga a medida.
Durante o evento, no Palácio do Planalto, ele justificou a decisão, dizendo que o horário de verão não traz mais economia significativa de energia elétrica. Também relatou ter conversado com especialistas da área de saúde, que confirmaram que a mudança no relógio “mexe com o relógio biológico” dos brasileiros.
Assim, com o decreto assinado, fica extinto, totalmente, o horário de verão no Brasil. Técnicos da gestão Bolsonaro informaram que, caso haja necessidade de retorno da medida, o governo em exercício deve assinar um novo decreto revogando o desta quinta.
Também presente na assinatura do decreto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, explicou que a decisão é reflexo da mudança no perfil de consumo dos brasileiros, que passou a ser mais intenso, no meio da tarde.
No ano passado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico chegou a divulgar um estudo que confirma a não efetividade do horário de verão. O estudo mostra uma ligeira redução no consumo de energia, no horário de verão de 2017 para 2018, mas não teve efeito significativo. Na região Sul, inclusive, houve um “ligeiro aumento” no consumo de energia, o que também foi considerado sem efeito.
O horário de verão foi adotado, pela primeira vez, no Brasil, em 1931, mas não ocorria todos os anos. Isso só aconteceu a partir de 1985, fazendo com que parte dos brasileiros adiantasse uma hora no relógio durante o período, todos os anos, até 2018.
No ano passado, o início do horário de verão foi adiado em duas semanas, devido ao decreto assinado pelo ex-presidente Michel Temer. Além disso, o Ministério de Minas e Energia realizou uma pesquisa de opinião sobre a mudança nos relógios: 53% dos brasileiros disseram ser a favor do fim da medida.