O candidato do PSL à Presidência da República Jair Bolsonaro não divulgou compromissos públicos de campanha na manhã desta terça (23) mas participou de um entrevista pelo telefone no programa Bom dia com Rogério Mendelski, da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, e protagonizou mais uma polêmica com a imprensa.
Após a entrevista, o apresentador explicou que o silêncio dos outros jornalistas que compõem a bancada do programa havia sido uma condição de Bolsonaro, que queria ser entrevistado apenas por Mendelski.
Um dos jornalistas da equipe, Juremir Machado da Silva, taxou ao vivo o ato de censura e disse que foi humilhante e que estava abandonando o programa naquele momento após dez anos de colaboração.
Durante a entrevista, Bolsonaro acusou o jornal Folha de S.Paulo de ser a grande origem de fake news do país.
O candidato do PSL recusou ontem um convite da TV Cultura de participar do programa Roda Viva.
A emissora havia convidado os dois presidenciáveis para entrevistas separadas a serem exibidas em sequência, mas apenas Haddad compareceu.
Segundo a TV Cultura, também foi oferecido a ele que a entrevista fosse gravada de casa, mas Bolsonaro recusou.
O candidato concedeu, no entanto, entrevistas nesta segunda à TV Record e ao SBT, nas quais reformulou as declarações dadas no final de semana de que vai banir do país opositores chamados por ele de “marginais vermelhos”. Ele afirmou que se referia apenas à cúpula do PT e aos movimentos sociais MST e MTST.
Hoje, pelas redes sociais, ele voltou a tocar na declaração polêmica de domingo dizendo que falou em “combater os bandidos vermelhos” baseado no próprio curso das investigações da Polícia Federal e Lava-Jato e taxou de histeria a reação do PT.
À tarde está prevista a ida do candidato à residência do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, onde ele tem gravado os programas de campanha.
Segundo a assessoria de Bolsonaro, ele vai até lá para se despedir da equipe de gravação.