Bolsonaro expulsou 643 servidores públicos por irregularidades em 2018

O governo federal expulsou 643 servidores por irregularidades em 2018. O balanço foi divulgado em relatório sobre o tema hoje (28) pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Deste total, 516 funcionários foram demitidos, 89 tiveram a aposentadoria cassada e 38 foram retirados de cargos em comissão (modalidade funcional em geral aplicada a posições de chefia na Administração Pública).

Segundo a CGU, o número registrado em 2018 foi o maior desde que o levantamento começou a ser realizado, em 2003.

No tocante ao ano anterior, o aumento foi 27%. Em 2017, foram 506 casos de punições. Em todo este período, mais de 7 mil servidores foram penalizados pelos ilícitos previstos na legislação.

Quanto aos motivos, 423 sanções foram motivadas por casos de corrupção identificados, o que conformou 65,8% do total.

Entre as práticas deste tipo foram constatados improbidade administrativa, uso do cargo para obter vantagem pessoal, recebimento de propina e atos que geraram prejuízo ao patrimônio nacional.

Em outras 161 situações (25%), servidores ocupavam cargos contra o previsto em lei, abandonaram os cargos ou tiveram problemas com o cumprimento de horários.

O restante das penalidades estiveram relacionadas a irregularidades como negligência e à participação em administração de entidades privadas, o que é proibido.

Os órgãos com maior número de casos foram, na configuração administrativa do Executivo de 2018, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (hoje Ministério da Cidadania), Ministério da Educação e Ministério da Segurança Pública (reincorporado ao hoje Ministério da Justiça e Segurança Pública).

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