A missão que o presidente eleito Jair Bolsonaro deu para o seu futuro ministro das Relações Exteriores foi “simples”: varrer os petistas do Itamaraty.
O diplomata de carreira Ernesto Araújo conquistou a confiança de Jair Bolsonaro como intelectual chegado aos clássicos, contrário ao globalismo, pró-Ocidente e fascinado pela agenda do presidente norte-americano Donald Trump.
Em artigo no Estadão, a jornalista Eliane Cantanhêde afirmou:
A principal recomendação do futuro presidente ao seu chanceler é eliminar vestígios, programas e diplomatas da Era PT, particularmente aqueles ligados a Celso Amorim. ‘Fazer uma limpeza, mudar tudo’, resume-se na equipe de Bolsonaro (…).
No Itamaraty, o clima é de apreensão. Na área militar, de comemoração. Num, o temor de uma caça às bruxas e um novo viés ideológico às avessas. Na outra, a certeza de que o PT será varrido e a política externa voltará à sua tradição de pragmatismo e respeito aos interesses nacionais.
Bolsonaro demorou a anunciar Araújo porque testou uma extensa lista de candidatos ao Itamaraty e, além de serem bombardeados, não fariam dobradinha dos sonhos: presidente e chanceler anti-PT e pró-Trump com a mesma intensidade. Isso diz tudo da política externa na nova era.
Com informações do República de Curitiba