Construído em 1983, o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, é mundialmente conhecido por sua localização privilegiada, próxima da linha do Equador, que permite reduzir em até 30% o combustível necessário para um voo espacial.
Seu potencial, no entanto, foi pouco explorado até agora, porque havia uma limitação para o uso da base por outros países. Com, o novo Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que permite aos Estados Unidos lançarem satélites com fins pacíficos a partir de Alcântara, espera-se que haja mais investimentos na área.
A medida não fere a soberania nacional e irá contribuir para gerar diversos empregos, investimentos e empreendedorismo na região.
Em 2017, a política espacial rendeu R$ 266,8 milhões para o Brasil, porém em 2018, teve uma queda de 43% ficando apenas em R$ 151,3 milhões. Com esse medida do Governo Bolsonaro em parceria ao governo estadunidense de Donald Trump, o Brasil dá uma passo gigantesco em comparação atual.
Os Estados Unidos e Brasil assinaram nesta última segunda-feira (18) o acordo de salvaguardas tecnológicas que vai permitir o uso comercial da base de Alcântara (MA).
Os signatários do texto, do lado do Brasil, foram os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Pelos EUA, Christopher A. Ford, secretário assistente do Escritório de Segurança Internacional e Não Proliferação do Departamento de Estado americano.
Segundo estimativas do Ministério da Defesa, o Brasil poderá faturar até US$ 10 bilhões (cerca de R$ 37 bilhões de reais) por ano alugando a base para lançamentos de satélites de Alcântara para Os EUA. No entanto, após assinado, o acordo agora precisa ser aprovado pelo Congresso.
Ao se tornar grande aliado extra-Otan dos EUA, o Brasil passará a ter acesso preferencial à compra de equipamentos militares americanos, com isenções dentro da Lei de Exportação de Armas que rege a venda desses produtos sensíveis.
Também terá prioridade para receber de graça ou a preço de custo “artigos de defesa em excesso e equipamentos da Defesa Americana em estoque excessivo”.
O Brasil também será autorizado a participar de algumas licitações do Departamento de Defesa dos EUA, e terá maior facilidade na compra de tecnologia espacial.