Coreia do Norte ainda não registou qualquer caso de infeção com o coronavírus Covid-19, pelo menos a acreditar nas informações oficiais do país.
A imprensa na vizinha Coreia do Sul e nos EUA tem reportado múltiplas suspeitas de casos, cuja confirmação não seria de estranhar tendo em conta que o país faz fronteira com a China, o epicentro do vírus.
Nos últimos dias, as autoridades de Pyongyang selaram fronteiras, fecharam embaixadas, mandaram pessoal diplomático de volta para os seus países, suspenderam o turismo e encerraram muitos locais públicos e todas as escolas.
A revista “Foreign Affairs” escreveu na semana passada que “a Coreia do Norte está extraordinariamente impreparada para uma emergência médica desta magnitude”, com “um sistema de saúde em ruínas” e “sedento de investimento público”.
Numa altura em que o número de mortos em todo o mundo ultrapassou os 4.700, a Coreia do Norte “está indiscutivelmente mais vulnerável a um surto viral deste tipo do que qualquer outro país do mundo”, sublinha a publicação num artigo que alude ao “maior teste” que o líder do regime, Kim Jong-un, enfrenta até à data.
Apesar do regime de Kim Jong-un alegar que o país ainda não tem nenhum caso confirmado da doença. Ainda assim, o governo colocou por volta de 10.000 pessoas em quarentena, entre elas estrangeiros.
Segundo o jornal americano New York Post, o isolamento imposto pelo regime já dura mais de um mês. Algumas das pessoas em quarentena, principalmente aquelas que tiveram contato com estrangeiros, já estão isoladas por mais de 40 dias.
Porém, de acordo com a imprensa estatal norte-coreana, do total de 10.000 pessoas colocadas em isolamento, 40% já foram liberadas após não apresentarem sintomas.