Cunha e Henrique Alves viram réus no caso de propina envolvendo FGTS

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da primeira instância da Justiça Federal em Brasília, recebeu denúncia contra o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. Ambos são denunciados por prática de crimes envolvendo recebimento de propina de empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Também foram denunciados o doleiro Lúcio Funaro, o ex-sócio de Funaro, Alexandre Margotto e o ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto. O juiz determinou citação dos réus, que devem apresentar resposta em dez dias. A denúncia tinha sido apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas com a cassação do mandato de Cunha e sua consequente perda de foro privilegiado, o processo foi remetido à primeira instância.

Delação premiada

O ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto, disse em depoimento de delação premiada que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), recebia 80% da propina arrecadada entre empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). No início de julho, Cunha já havia negado as acusações. Em nota, ele também desafiou Cleto a prová-las.

Eduardo Cunha está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O juiz federal Sérgio Moro aceitou o pedido feito pela força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato. Dentre os argumentos, os procuradores afirmaram que a liberdade do ex-deputado representava risco às investigações.

DEIXE UM COMENTÁRIO