Um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), Tulio Martins, emitiu uma narrativa junto com uma requisição por censura, conforme o Globo.
A narrativa de Tulio dizia que o vídeo em que Danilo Gentili criticava a atitude censória da deputada socialista Maria do Rosário (PT-RS) trazia “grave dano à imagem” e tinha “natureza misógina”.
Postado no Facebook, no YouTube e no Twitter, o vídeo já possui mais de 15 milhões de visualizações. Nele, Gentili rasga uma notificação judicial enviada por Maria do Rosário. Nela, a deputada reclamava de postagens feitas pelo humorista sobre sua filha de 16 anos. ao rasgar o documento e colocá-lo dentro da cueca, Gentili perguntava: “O que eu fiz que ela não gostou?”. Ele dizia, em seguida: “Para a Maria do Rosário ou para qualquer outro deputado de qualquer outro partido: eu pago seu salário. Então, eu decido se você cala ou não a boca. Nunca o contrário.”.
Na narrativa incluída no despacho de Túlio, “o vídeo veiculado é de natureza misógina, representando agressão despropositada a uma parlamentar e às instituições, materializando-se virtualmente em crime que, se for o caso, deverá ser apurado em instância própria”.
Fazendo uso de julgamento subjetivo, ele ainda disse que o vídeo não é “notícia, nem opinião, nem crítica, nem humor, mas apenas agressão absolutamente grosseira marcada por prepotência e comportamento chulo e inconsequente”.
Na decisão de Túlio, deve haver multa diária a partir da notificação caso Danilo Gentili não tire o vídeo do ar.
Ao que parece, estamos diante de um caso de censura gravíssimo.