Conforme, a Veja, a última iniciativa do ditador Nicolás Maduro foi fechar a fronteira com o Brasil. É uma tática dos regimes bolivarianos criar a narrativa de que as culpas da destruição econômica estão nos inimigos externos. No sábado, o presidente Nicolás Maduro anunciou que a fronteira ficará fechada até o dia 2 de janeiro, de 2017. Podendo, ainda, prorrogar esse prazo.
Maduro inventou a teoria conspiratória de que ação é necessária para combater a ação de “máfias” que estariam enviando para fora do país milhões de bolívares em espécie, como forma de “desestabilizar” o seu governo.
A medida trouxe grave impacto a milhares de brasileiros que vivem na Venezuela. Até a tarde deste domingo, uma centena de pessoas recorreram ao vice-consulado do Brasil, na cidade de Santa Elena de Uiarén, em busca de ajuda.
A cidade faz fronteira com a brasileira Pacaraima (RR) e a população das duas localidades vivem de foram integrada transitando livremente de um lado para o outro dos postos de controle, como se ambas formassem apenas um aglomerado urbano no extremo norte da Região Amazônica.
O Itamaraty disse a VEJA.com que a Consulado do Brasil em Caracas já tenta um acordo para garantir que aqueles que desejem deixar a Venezuela possam atravessar a fronteira. É estimadoq ue centenas de brasileiros podem ter problemas para voltar para suas casas, caso a medida não seja revertida.
Maduro também fechou a fronteira com a Colômbia. Esta é a segunda fez neste ano que o mandatário toma essa decisão. Nos últimos meses, mais de 30 000 venezuelanos atravessaram por terra a fronteira seca com o Brasil. Depois de Pacaraima, milhares deles seguiram em direção à capital de Roraima, Boa Vista, onde passaram a mendigar nas ruas.
A situação pode escalar para algo mais grave, com a transformação dos brasileiros como prisioneiros, o que poderia dar vazão a operações militares para resgatar os brasileiros da ditadura.