Reeleito em 2018, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) foi o candidato à Câmara dos Deputados mais votado do Brasil. Sozinho ele conquistou 1.843.735 votos, 8,74% dos votos válidos de São Paulo – maior colégio eleitoral do País, com mais de 33 milhões de pessoas aptas a votar.
Eduardo Bolsonaro, que assumiu na terça-feira (30) o cargo de líder do PSL, superou o recorde anterior de Enéas Carneiro (Prona), que obteve 1.573.642 votos em 2002.
“Tive essa votação expressiva graças, principalmente, ao trabalho de Jair Bolsonaro”, diz o deputado, que é o terceiro filho do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro. Eduardo divide a herança política do pai com os irmãos Flávio Bolsonaro – deputado estadual que foi eleito senador pelo Rio de Janeiro – e Carlos Bolsonaro – vereador há 18 anos pela cidade do Rio de Janeiro.
Ao longo do primeiro mandato (2015-2019), Eduardo Bolsonaro foi autor de cerca de 40 propostas e relatou outras 16 proposições em tramitação na Câmara. “A gente chega aqui como pato novo, mas eu tive a sorte e o privilégio de trabalhar ao lado do meu pai”, disse.
Para Eduardo Bolsonaro, o resultado das urnas revela um apelo por mudanças. “Esse é o recado de combate à corrupção, de apoio à Lava Jato, de apoio às pautas de segurança, como a redução da maioridade penal, o resgate da legítima defesa, que propicia o acesso ao armamento para o cidadão que conseguir suprir os requisitos”, disse Eduardo Bolsonaro. “Todas aquelas pautas que o Jair Bolsonaro defendeu durante eleição”, resumiu.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Bolsonaro atuou como escrivão da Polícia Federal entre 2010 e 2015 nas cidades paulistas de Guajará-Mirim (Rondônia), Guarulhos (SP), São Paulo e Angra dos Reis (RJ). “Se fosse da vontade popular, voltaria para a Polícia Federal sem problema nenhum. Felizmente, eu obtive essa votação que dá muita moral dentro da Câmara e também muita responsabilidade.”
No próximo mandato, Eduardo Bolsonaro revelou que pretende trabalhar para levar à votação projetos nas áreas econômicas e, principalmente, de segurança pública. “Ainda que não sejam aprovados, as pessoas vão ficar sabendo como cada deputado votou. Assim vão poder ter uma noção se ele está ou não respeitando o voto que recebeu”, disse.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein
Agência Câmara Notícias