Após as privatizações a Embraer era considerada a menina dos olhos de ouro por ter alcançado um sucesso nos mercados interno e externo de jatos leves e médios.
Seus jatos médios são um sucesso no mercado e cada vez mais sucesso que a Bombardier precisou se juntar com a Airbus para competir com a Embraer.
A Boeing também não “peita” a Embraer nesse mercado. Por que insistir na transferência de uma empresa brasileira para que seja totalmente capital externo?
A justificativa de que a empresa está a ponto de quebrar é uma hipótese que se joga fora ao saber que o BNDES irá devolver ao tesouro 100 bilhões de reais.
O BNDES já foi muito mal usado, por que não se utiliza para financiar uma indústria estratégica na questão da soberania nacional? Utilizar o BNDES para ajudar a Embraer, que já mostrou ser competitiva no mercado, traz externalidades positivas na soberania nacional.
A maioria das vezes a economia de mercado costuma se mostrar uma boa opção, mas o país ficar dependente de empresas de capital externo para desenvolver tecnologia em um setor estratégico para a defesa como o setor aeronáutico não é bom.
É uma negligência se fechar para marcas e produtos externos, mas é necessário fazer com que as nossas empresas e nossos produtos consigam competir com o mercado em um grau mais aberto.