PEQUIM (Reuters) – As importações de soja brasileira pela China em junho bateram um recorde, de acordo com dados da alfândega chinesa divulgados no domingo, impulsionadas pela crescente demanda por soja causada pela recuperação dos rebanhos suínos do país depois de surtos de peste suína.
Principal comprador de soja do mundo, a China importou 10,51 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em junho, 91% a mais do que os 5,5 milhões de toneladas no ano anterior, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas. Os números de junho também cresceram 18,6% em relação às importações de maio, para 8,86 milhões de toneladas.
As importações totais de soja da China em junho atingiram um recorde de 11,16 milhões de toneladas, uma vez que os processadores chineses também aproveitaram ao máximo os preços brasileiros mais baixos, uma vez que o clima melhor facilitou as exportações.
Dos Estados Unidos, a China importou 267.553 toneladas de soja dos Estados Unidos em junho, uma queda de 56,5 % em relação às 614.805 toneladas do ano anterior. As importações caíram 45,6% em relação a maio.
Algumas trituradoras chinesas no sul estavam lutando com estoques excessivos devido à chegada de grãos quando as fortes chuvas e inundações nas últimas semanas restringiram a demanda do setor de criação de animais.
Espera-se que os estoques permaneçam altos nos próximos meses, pois os embarques do Brasil continuam grandes.
Os inventários semanais nacionais de soja da China atingiram 7,39 milhões de toneladas até 21 de julho, o maior desde novembro de 2018, e mais do que o dobro do recorde no final de março, quando as chegadas de soja do Brasil caíram após o mau tempo desacelerar as exportações.
Os estoques nacionais de farelo de soja também subiram para mais de 1 milhão de toneladas no início deste mês, acima da mínima recorde de 139.000 toneladas em abril.
Reportagem de Hallie Gu, Pei Li e Dominique Patton