Joesley Batista dono da JBS se entrega à Polícia Federal e chora ao entrar na cela

O empresário Joesley Batista e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud se entregaram por volta das 14h15 deste domingo (10) à Polícia Federal (PF), em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria da empresa.

A prisão temporária foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que ambos esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos dados no processo de delação premiada da JBS e que envolveriam o ex-procurador da República Marcelo Miller.

A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo.

A PGR também pediu a prisão de Marcelo Miller, mas Fachin afirmou não ter encontrado “a consistência necessária” para decretar a prisão temporária.

Fachin havia determinado que o cumprimento dos mandados ocorressem com a “máxima discrição e com a menor ostensividade”, evitando o uso de algemas, pois não se trata de pessoas perigosas. “Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento das medidas tomar as cautelas apropriadas, especialmente para preservar a imagem dos presos, evitando qualquer exposição pública”, diz a decisão.

No sábado (9), a defesa do grupo J&F colocou à disposição os passaportes de Joesley Batista e de seu ex-diretor de Relações Institucionais, Ricardo Saud. A defesa do ex-procurador Marcelo Miller também colocou os documentos dele à disposição.

Joesley Batista chorou no momento em que os agentes abriram a cela da carceragem da superintendência da Polícia Federal em São Paulo para que ele entrasse após se entregar na tarde deste domingo. Joesley e o executivo da JBS Ricardo Saud devem ser transferidos para Brasília na segunda-feira, 10, em aeronave da Polícia Federal.

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