Reunião aconteceu na casa do presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB) meses atrás. Ideia era que os ex-presidentes fossem consultores do legislativo e do governo e, com isso, teriam certa blindagem criminal.
Chegou-se a discutir como essa sugestão, que beneficiaria Temer, também atingiria Lula, que está preso. Discussão não morreu por completo, mas também não avançou.
O presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB) foi apontado como receptor de pelo menos R$ 1 milhão em propina da Galvão Engenharia, por obras contra a seca. A informação foi veiculado pelo jornal O Globo e pelo Jornal Nacional, a partir da delação do ex-superintendente da empreiteira, Jorge Henrique Marques Valença.
A colaboração do delator já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outros três emedebistas foram apontados na delação: o senador Fernando Bezerra, o ex-deputado Henrique Alves e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Em nota, o candidato ao Senado aponta “falso testemunho” e diz que processará os acusadores.
O presidente Michel Temer (PMDB) foi denunciado em 26 de junho, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime corrupção passiva. O peemedebista se torna o primeiro presidente brasileiro no exercício do mandato a ser denunciado por um crime comum.
A investigação contra o chefe do Poder Executivo começou em maio passado, após um acordo de colaboração premiada firmado por diretores da JBS com o Ministério Público Federal. O empresário Joesley Batista, sócio da JBS, gravou um diálogo com o presidente no qual relatou o cometimento de uma série de crimes.
Entre eles, o de comprar o silêncio do ex-deputado federal e aliado do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o de pagar propina a membros do Ministério Público de do Judiciário e o de tentar ter influência no Governo por meio de representantes da gestão federal.
Mesmo diante de tantos relatos, Temer nada fez. Apenas o ouviu e concordou com a possibilidade de calar Cunha. Em pronunciamentos públicos, o presidente relatou que só queria se “livrar” de Joesley, a quem chamou de um “conhecido falastrão”.
Lula foi preso em 7 de abril de 2018, Sérgio Moro, juiz federal de primeira instância, expediu o mandado de prisão em 5 de abril devido a uma condenação em segunda instância a 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
Lula está cumprindo a pena em Curitiba, no prédio da Superintendência Regional da PF no Paraná.
Confira reportagem da Rádio CBN.