O Brasil ainda não é um país sério

O Brasil continua não sendo um país sério! A frase é uma pequena adaptação de uma outra frase famosa do então embaixador brasileiro na França em 1962, Carlos Alves de Sousa, no episódio da “guerra da lagosta”. Por mais mal explicada que permaneça o real sentido e motivo da frase, ainda podemos usa-la.

Podemos fazer uma reflexão, por exemplo, de como o peso da palavra corrupção diminuiu no meio da esquerda brasileira. Antes de chegar ao poder, o PT tinha como uma de suas principais bandeiras colocar corruptos na cadeia, bradavam contra os crimes de colarinho branco e afirmava que um dos principais males do Brasil era a corrupção. Pois bem, depois de chegarem ao poder, usaram e abusaram de tal prática.

Aos defensores do Partido, só restou justificar a corrupção como um mal necessário para combater a miséria e a pobreza. O certo mesmo é que corrupção mata. E mata muito mais a população carente. Ao justificar desvios de dinheiro público em hospitais, creches, escolas e na segurança, os defensores do mencionado Partido nos deixam confusos.

É óbvio que o PT não inventou a corrupção, mas certamente depois da corrupção do PT, alguns brasileiros, simpatizantes e militantes, deram a ela uma perspectiva um tanto quanto perigosa. O que antes era motivo de revolta geral, agora, para alguns, é algo relativo. A consequência dessa atrofia ética e moral é vista com clareza no caso Bolsonaro x Maia.

Se fôssemos um país sério esse seria um bom momento para sepultar as diferenças ideológicas e apoiar a postura do presidente da república ao questionar que tipo de articulação política Maia se referia. Ora, “pra um bom entendedor “Maia” palavra basta”.

Todos entenderam a que tipo de articulação Maia se referiu. Um povo sério exigiria maiores explicações sobre o seu pronunciamento, pois um povo sério, teria como principal embate o inimigo n° 1 do país, a corrupção.

Mas como esperar essa postura de boa parte da população que se deixou levar pela relativização da ética e da moral apenas para dar continuidade a uma narrativa que lhe dá sobrevida no espectro político e ideológico? Como se surpreender com posturas desse mesmo grupo que, preferiu “não entender” a pergunta do presidente sobre o que ele deveria fazer diante da situação exposta?

Não é preciso morrer de amores por Bolsonaro para defender o Brasil desse mal, é preciso apenas ter seriedade. Enquanto essa cega paixão ideológica permanecer; enquanto um Partido e sua ideologia for maior que o país, existiremos na frase do ex embaixador brasileiro Carlos Alves de Sousa : O Brasil não é um país sério.

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