O presidente da França, Emmanuel Macron, usando uma foto de um fotógrafo que morreu em 2003, lançou ao mundo a campanha ”Amazônia em chamas” e não foi pelo ”amor” dele pelas florestas, mas sim por oportunismo.
Quando começou a ser divulgado o acordo entre Mercosul e União Europeia, a França começou a pegar fogo (sic). Sim, enquanto o setor industrial francês comemorava, os setores ambientalistas e agro do país se enfureceram. Críticas começaram a cercar o presidente Macron, que já não goza de grande popularidade e ele passou a sofrer ataques contrários ao acordo de pessoas do próprio partido e até de ministros.
Segundo os que são contrários ao acordo, o Brasil não cumpre requisitos ambientais, trabalhistas e sanitários em relação a Europa e traria uma ”concorrência desleal” aos franceses, mesmo com a Comissão Europeia afirmando que o acordo permitirá às empresas do bloco economizar 4 bilhões de euros por ano em tarifas para vender no Mercosul.
Patrick Bénézit, secretário-geral adjunto do FNSEA, maior sindicato agrícola da França, que reúne cerca de 200 mil produtores rurais chegou a afirmar que o Brasil ”não tem nenhuma regra”.
Observando o atual contexto do Brasil, Macron viu na Amazônia uma oportunidade de ”lacrar” e ganhar capital político.
Não há como negar que em especial nessa época do ano, há um aumento no número de queimadas, comprovadas por estudo da NASA que afirma que ”as observações de satélite mostram número de incêndios na Amazônia próximo à média em comparação aos últimos 15 anos e embora a atividade esteja acima da média no Amazonas e, em menor escala, em Rondônia, está abaixo da média nos estados do Mato Grosso e Pará”, a situação é grave, mas como afirma no estudo, enquanto na Amazônia aumentou, no Mato Grosso e Pará diminuíram.
Tudo a partir de agora é uma guerra de narrativas e o Brasil tem que estar atento e policiado contra o oportunismo do presidente francês.