A Polícia Federal apreendeu nesta quinta-feira R$ 2 milhões durante as buscas realizadas em endereços de aliados do presidente Michel Temer e do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
A polícia não especificou os locais onde o dinheiro foi encontrado.
A Polícia esteve hoje em diferentes endereços ligados a Aécio Neves. A operação se estendeu ainda aos gabinetes no Congresso do próprio tucano, do senador Zezé Perella (PMDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e à residência de Andréa Neves, irmã do senador.
Os imóveis de Aécio são localizados no Lago Sul, em Brasília; em Ipanema, no Rio de Janeiro; e em Anchieta (MG). Ele também tem uma fazenda no município de Cláudio, no interior de Minas. Ainda houve ordem de prisão contra o procurador da República Ângelo Goulart Villela e uma operação contra homem de confiança de Cunha, Altair Alves Pinto.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Eram procurados documentos e informações sobre um caso que tramita no Conselho acerca de uma disputa entre a Petrobras e a Empresa Produtora de Energia (EPE), de propriedade do grupo JBS e com sede em Cuiabá.
Mais cedo, por meio de nota, a PF informou que foram expedidos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, 18 mandados.
Na operação de hoje cerca de 200 policiais federais cumpriram 49 mandados judiciais, sendo 41 de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva nos estados de Minas Gerais (17 buscas e 3 prisões preventivas), Paraná ( 2 buscas e 1 prisão preventiva) , Rio de Janeiro ( 3 buscas), São Paulo (7 buscas e 1 prisão preventiva), Maranhão ( 1 prisão preventiva) e Distrito Federal (12 buscas e 2 prisões preventivas).
Segundo a PF, as medidas visam coletar provas de corrupção e crimes contra a administração pública, entre outros crimes, nas investigações que tramitam no STF.