Porque pagamos o combustível mais caro do planeta?

Herança maldita do PT e cenário externo explicam disparada dos combustíveis

A disparada do preço da gasolina nos postos é resultado da alta do dólar, elevação do barril de petróleo no mercado internacional e herança maldita das administrações petistas.

A disparada do preço da gasolina nos postos, puxada pela alta do dólar e elevação do barril de petróleo no mercado internacional, tem causado revolta na população. É claro que ninguém gosta de pagar mais caro pela gasolina; mas, culpar o atual governo (#BOLSONARO) pela escalada dos preços, é falta de informação na área econômica.

O preço numa economia de mercado é o regulador natural entre a oferta e demanda. Do lado da oferta, empresários buscam maximizar o seu lucro; do lado da demanda, os consumidores procuram o máximo de satisfação (utilidade).

É por essa interação que se chega a um preço de equilíbrio. Portanto, são pelas leis de mercado (oferta e procura) – e não por decisões administrativas ou vontade política – que os preços são determinados.

Ah, mas na época da Dilma, o governo não segurava o preço da gasolina e da energia?

Sim, mas o controle de preços não é sustentável. Tanto é verdade que o governo Dilma teve que soltar os preços desses insumos em 2015, o que gerou uma inflação de 10,67% naquele ano, além dos enormes prejuízos causados para o setor de energia, petróleo e sucroalcooleiro. E se o governo continuasse a segurar os preços da energia e da gasolina no “porrete estatal”?

Possivelmente as empresas iriam quebrar, e não teríamos nem gasolina e nem energia. É bom lembrar que o preço faz parte da receita de uma empresa; e caso a empresa não tenha receita capaz de cobrir os seus custos, ela irá a falência.

Aliás, existe um país onde o governo tenta segurar os preços na marra.

Resultado: crise de abastecimento, inflação descontrolada e falta de gasolina – mesmo sendo um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Este país se chama #Venezuela.

Por outro lado, existe um país no qual as empresas são privatizadas, há menos intervenção do governo nos preços e tem uma das gasolinas mais baratas do mundo; não só gasolina, mas outros produtos também. Este país se chama #EUA.

Dessa forma, dado que os preços são formados a mercado, não dá para culpar o governo atual pela disparada nos preços da gasolina, pelo contrário. Mas por que o presidente da Petrobrás não manteve a política dos governos petistas, segurando o preço do combustível?

Primeiro, porque seria impossível após a quase total destruição da Petrobras em anos petistas. Para que a Petrobras conseguisse não repassar agora as altas do preço internacional do petróleo, a empresa teria que ter sobra de caixa (colchão de liquidez) para assumir um prejuízo momentâneo.

É evidente que após a herança maldita dos governos do PT – compra de Pasadena, esquemas de corrupção bilionários, loteamento de cargos, má gerência e uso político da Petrobras para controle do IPCA -, essa sobra de caixa se tornou impossível.

Além disso, a dívida da Petrobras se tornou a maior do planeta e pagamos essa conta atualmente.

Segundo, mesmo que a Petrobras tivesse condições de fazer isso, tal media não seria benéfica do ponto de vista econômico. Esse tipo de medida – populista – favoreceria a população a curto prazo, mas prejudicaria a empresa e a sociedade a médio e longo prazo. Nesse caso, a gasolina mais barata seria obtida às custas de prejuízos dos investidores.

O ponto é que esse tipo de política torna a empresa mais ineficiente, afastando os investimentos, portanto, reduzindo a receita da estatal.

No médio prazo, a empresa teria de aumentar os preços para manter a sua sobrevivência. Além da inevitável elevação dos preços, tal política acarretaria também em desemprego direto e indireto – muitos setores dependem do bom desempenho da Petrobras – e custos fiscais para cobrir um eventual déficit de conta da estatal. E quem arcaria com a conta do desemprego e da elevação de impostos? De novo, a população.

Aliás, não foram exatamente essas as consequências geradas pela política das administrações petistas? Não tem mágica, a conta do populismo irresponsável chega em algum momento para a população pagar.

Então qual seria a solução para fugir da volatilidade causada pelas leis de mercado? Para responder essa pergunta, vamos lembrar que o preço da gasolina não é apenas influenciado pelo preço de realização da Petrobras (34% do valor da gasolina) – altamente influenciado pelo dólar e pelo preço internacional -, mas também pelos impostos e preços de distribuição e revenda. Somente os impostos (ICMS, CIDE, PIS/PASEP e Cofins) representam 45% do preço do combustível.

É isso mesmo: quase 50% do preço da gasolina é imposto! E por que os impostos são tão elevados? Porque o Estado brasileiro é inchado e gastador. Para cobrir o seu déficit, o governo tributa absurdamente a sociedade inteira, inclusive os combustíveis.

Se tivéssemos um Estado mais enxuto, menos gastador, seria possível reduzir os impostos e termos, com certeza, uma gasolina mais barata. Se tivéssemos concorrência e quebrássemos o monopólio da Petrobras, certamente o combustível se tornaria mais em conta.

Em suma, sabe qual é a solução para ter gasolina mais barata: mais livre mercado.

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