Primeira Dama faz história com discurso em Libras em posse presidencial

Michelle foi elegante, conciliadora e inclusiva, algo jamais visto de maneira tão efusiva em um primeiro gesto de novo governo.

Se as TVs abertas falharam em não promover acessibilidade comunicacional —janela de Libras, legendas é audiodescrição — nos momentos mais importantes da posse do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (1) a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entra para a história com uma atitude inclusiva inédita: um discurso feito em língua de sinais para todo o mundo.

Mesmo antes do discurso inédito da primeira-dama, algo incomum nesse tipo de cerimonial, chamou atenção a presença de um surdo negro (Sandro Santos) interpretando o Hino Nacional em Libras, durante a passagem da faixa de Michel Temer para Bolsonaro, que durante a campanha foi apontado diversas vezes como racista.

Michelle fez um discurso emocionado, usando não somente o gestual com as mãos, mas também expressões do rosto. Ela foi professora de Libras e pretende se dedicar a causas sociais durante seu tempo de Planalto.

A primeira-dama, em sua fala, fez menção não só aos surdos que se utilizam dos sinais, mas também se comprometeu mais uma vez com as questões envolvendo as pessoas com deficiência, o que eleva esse grupo social definitivamente ao patamar de prioridade.

Michelle foi elegante, conciliadora e inclusiva, algo jamais visto de maneira tão efusiva em um primeiro gesto de novo governo.

É preciso saber o que de efetivo vira. Aos trancos e aos barrancos, a era petista no governo criou e tentou fazer algo pela inclusão com o projeto “Viver Sem Limites”, que arrefeceu com a falta de recursos. Agora são novos tempos.

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